Mais do que matéria, símbolo!

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Todos os anos nos vemos envolvidos por festas e eventos religiosos. Em alguns lugares mantém sua força e vivacidade, noutros foram incorporadas ao mercantilismo (compra e venda) e, em outros lugares, ainda, foram transformadas em folclore e, assim se esvaziaram.

Não obstante às várias formas de tratar, encarar, vivenciar e comunicar as coisas da fé e da religião, elas, de alguma forma, acabam sobrevivendo no inconsciente religioso e cultural do povo. Podemos dizer, então, que a força dos símbolos e sinais da fé e da religião cruzam fronteiras e superam o tempo e o espaço.

De fato, na religião, os símbolos comunicam algo mais que a materialidade de um objeto, de um gesto ou de uma palavra.  Não se trata de uma representação banal. Porque, a linguagem da religião nunca é apenas descritiva.  É principalmente evocativa.  Veja bem, diante de uma montanha posso descrever sua história bilenar, sua composição físico-química, mas além desta dimensão verdadeira, a montanha me evoca a grandeza, a majestade, a imponência, a solidez, a eternidade. Ela evoca Deus que foi chamado de Pedra. A pedra está a serviço da solidez, da imponência, da majestade e da grandeza. Ela se faz símbolo destes valores. Evoca-os. Eis porque as pessoas levam e traz, ganham e dão objetos religiosos.

Na páscoa cristã, aparecem vários símbolos, gestos e palavras que precisam ser entendidos e situados num contexto maior de sua materialidade.

* PEIXE: É um dos símbolos mais antigos dos primeiros cristãos ao se referirem a Cristo Ressuscitado. A palavra peixe, (ICTYS) escrita em grego, passou a ser lida como: “Jesus Christus Teós Yiós Soter” ou “Jesus Cristo Filho de Deus Salvador.”

* OVO. Símbolo das origens,  que lembra a vida escondida em seu interior.   O túmulo traz escondido a vida nova do Cristo ressuscitado.

* COELHO. Um símbolo posterior que significa a fecundidade, a fertilidade, de vida abundante. O coelho reproduz em muitas crias. Cristo é o Senhor da vida em abundância.

* ALELUIA. É um dos símbolos mais expressivos das aclamações de louvor e de alegria. É uma expressão hebraica: Hallelui-yah derivada do nome de Deus YAHWEH, que significa: “Louvai a Javé” ou “Salvai-nos Javé”. Na Bíblia, encontramos, por exemplo, em Tb 13,22; Sl 111; Sl 104; Sl 135; Ap 19,1.

* GIRASSOL. É um dos símbolos pascais menos conhecidos. É uma planta que, para sobreviver precisa ter a sua corola voltada para o sol; do sol nascente ao poente. Também os cristãos, da aurora ao ocaso de suas vidas, precisam estar voltados para o Sol-Cristo: “Sem mim vocês não podem fazer nada (Jo 15,5).

A Páscoa é bem maior que algumas horas no relógio ou um dia no calendário. A Páscoa é a memória viva da Ressurreição do Cristo.

Disto resulta esta esperança anunciada por São Paulo: “Ora, se nós pregamos que Cristo ressuscitou dos mortos, como é que alguns de vocês dizem que não há ressurreição dos mortos? Se não há ressurreição dos mortos, então Cristo também não ressuscitou; e se Cristo não ressuscitou, a nossa pregação é vazia e também é vazia a fé que vocês têm. Se os mortos não ressuscitam, então somos testemunhas falsas de Deus, pois estamos testemunhando contra Deus, ao dizermos que Deus ressuscitou a Cristo. Pois, se os mortos não ressuscitam, Cristo também não ressuscitou. E se Cristo não ressuscitou, a fé que vocês têm é ilusória e vocês ainda estão nos seus pecados. E desse modo, aqueles que morreram em Cristo estão perdidos. Se a nossa esperança  em Cristo é somente para esta vida, nós somos os mais infelizes de todos os homens. Mas não! Cristo ressuscitou dos mortos como primeiro fruto dos que morreram (1Corítinios 15,12-20).

É por isso que precisamos e podemos dizer em alto e em bom som: que a Páscoa de Cristo alcance o Brasil e os Brasileiros neste tempo de trevas e túmulo!

Viva Jesus ressuscitado!

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

 

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