FIQUEM UNIDOS A MIM, E EU FICAREI UNIDO A VOCÊS.

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Viver e conviver não é uma obra fácil na relação humana, mas, é a chave da autenticidade, da transparência, da sinceridade e do amadurecimento. Quanto mais aprofundamos nossa relação com as pessoas, muito mais claras ficam as opções e razões para permanecermos, ou não, unidos a elas. Ninguém conhece o outro sem viver e conviver e conviver, demoradamente. Diz o ditado que, para conhecer uma pessoa é preciso comer um saco de sal juntos.

A vida, na fé, obedece a mesma dinâmica da relação interpessoal. A descoberta de Deus e, a consequente relação de intimidade com Ele, nos abre ao universo humano com todas as suas grandezas e implicações: a relação consigo mesmo e com os outros.

Transformações e mudanças que, derivam de relações de fé, custam a entrar no entendimento e na aceitação das pessoas. Num primeiro momento, o que aparece é o medo, desconfiança e a rejeição. Não são poucas as pessoas que, mesmo depois de transformações e mudanças visíveis, operadas pela fé, permanecem sob o estigma da vida pregressa.

Vejamos o caso de Paulo, convertido ao caminho que ele mesmo perseguia: “Saulo chegou a Jerusalém, e procurava juntar-se aos discípulos. Mas todos tinham medo dele, pois não acreditavam que ele fosse discípulo. Então Barnabé tomou Saulo consigo, o apresentou aos apóstolos, e lhes contou como Saulo no caminho tinha visto o Senhor, como o Senhor lhe havia falado, e como ele havia pregado corajosamente em nome de Jesus na cidade de Damasco. Daí em diante Saulo ficou em Jerusalém com eles, e pregava corajosamente em nome do Senhor. Quando souberam disso, os irmãos levaram Saulo para a cidade de Cesaréia, e daí o mandaram para a cidade de Tarso. E a Igreja vivia em paz em toda a Judéia, Galiléia e Samaria. Ela se edificava e progredia no temor do Senhor, e crescia em número com a ajuda do Espírito Santo” (At 9,26-31).

As “manchas” da vida não são fáceis de serem removidas socialmente. Por isso, quem experimenta mudanças, na própria vida, precisa aprender a perseverar no amor para não se desmobilizar por causa da incredulidade. E, quem se depara com pessoas, sob o influxo de mudanças de fé, precisará fazer um exercício de acolhida do outro, no amor, e, ao mesmo tempo, fazer memória das mudanças na própria vida e aceitar que o amor sempre transforma, a partir de dentro, longe dos olhos.

Se transformações e mudanças são operadas pela fé, então, precisam ser vistas com os olhos da fé para serem identificadas como conversão. A conversão é possível a todos, mas converter-se não é apenas passagem da incredulidade para a fé, como muita gente pensa. É, antes de tudo, um exercício de saída do egoísmo para o crescimento no amor. Sob esse aspecto, a conversão não é acontecimento pontual na vida de uma pessoa, mas a vida inteira em progresso de santidade.

Jesus, no evangelho São João, nos permite compreender onde está radicado o poder da transformação e mudança e qual o seu dinamismo: “Eu sou a verdadeira videira, e meu Pai é o agricultor. Todo ramo que não dá fruto em mim, o Pai o corta. Os ramos que dão fruto, ele os poda para que dêem mais fruto ainda. Vocês já estão limpos por causa da palavra que eu lhes falei. Fiquem unidos a mim, e eu ficarei unido a vocês. O ramo que não fica unido à videira não pode dar fruto. Vocês também não poderão dar fruto, se não ficarem unidos a mim. Eu sou a videira, e vocês são os ramos. Quem fica unido a mim, e eu a ele, dará muito fruto, porque sem mim vocês não podem fazer nada. Quem não fica unido a mim será jogado fora como um ramo, e secará. Esses ramos são ajuntados, jogados no fogo e queimados. Se vocês ficam unidos a mim e minhas palavras permanecem em vocês, peçam o que quiserem e será concedido a vocês. A glória de meu Pai se manifesta quando vocês dão muitos frutos e se tornam meus discípulos” (Jo 15,1-8).

Quando estamos unidos ao Senhor nós podemos tudo porque o amor tudo pode!

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