Quero compartilhar, com você, estas palavras escritas, na forma de acróstico, como uma oração de ação de graças, por tudo o que Deus fez e faz em meu favor. Minha gratidão sempre!
Dia 16 de agosto fiz dezenove anos de sacerdócio, graças a Deus.
Estou convencido de que esta conquista não é um mérito meu.
Zelar da vocação é uma forma de fazer durar uma consagração.
Eu zelo mas, não só eu; existe uma multidão de zeladores.
Não tenho como agradecer tantos joelhos dobrados e mãos elevadas.
Ontem, hoje e sempre sei que posso contar com o Povo de Deus.
Vejo nisso uma providência de Deus para sustentar seus escolhidos.
Este é, sem dúvida, o elemento fundamental da perseverança.
Abrindo o baú da memória vejo, logo no início, a pia batismal.
No dia 09 de novembro de 1969 eu fui batizado. Foi em Lutécia, SP;
Oportunamente, um mês e quatro dias depois do meu nascimento.
Sabia o Senhor Deus o que queria de mim; eu não… nem sonhava!
Depois de quatro meses e cinco dias de nascido veio a crisma;
Era o dia 10 de fevereiro de 1970, também em Lutécia, SP.
Sacramentos da iniciação cristã, pondo-me frente ao Mistério…
Acompanhado, principalmente, por mamãe fui crescendo na fé.
Corajosamente, sem domínio das letras, mamãe nos conduzia;
Era muito enérgica com todos e queria ver cada um na retidão.
Realmente, a mãe é uma poderosa graça de Deus numa família.
Deus me serviu com incontáveis amigos que são, ainda, fiéis;
Ofereceu-me sinais, aos montes, para falar-me do Reino;
Colocou-me diante do sim das Pobres Filhas de São Caetano;
Insuflou, em mim, o espírito da missão, por diversas vezes;
Orientou o meu coração da comunidade-família à eclesial;
Concedeu-me servir, na Igreja, onde, também, fui catequista;
Olhou-me com amor e, sem entender, senti que me chamou.
Muito sem jeito, em 1986, entrei no seminário com meu irmão.
Ah como Deus ‘apronta’ com a gente! Até entender seu querer!
Grandes foram as provas… Muito maiores as dificuldades!
Realmente, o muito caminhar é o começo do aprender!
Aprendi muito na caminhada e, ainda, estou no começo.
Compreendi que o diaconato é serviço, sempre, e permanente.
Alimento esta intuição todo 08 de março, de cada novo ano.
Dezenove anos de sacerdócio não é muito, nem pouco: é graça!
Eu aprendi, nesses anos, a fazer o oferecimento diário deste dom.
Diante da grandeza do ministério que eu fui investido, eu me curvo.
Espero, sempre, que Deus me conduza, me guarde e me defenda!
Uma coisa, porém, eu trago comigo: é Deus o Ministro em mim!
Sem sua licença não há palavra, nem gesto e nem ação válidos.
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Foto: Google