Vocês, ainda, não têm fé?

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A fé é um dom, mas, não é uma coisa automática, que funcione sozinha, sem qualquer ação potencializadora, já estabelecida em nós. Não! Muito pelo contrário. Na verdade, para entrar em ação, a fé precisa da ativação do amor e da esperança. Do amor porque garante, à fé, a profundidade, a estabilidade, a coerência, a força e a fidelidade; da esperança porque define o horizonte, a perspectiva, a direção e a meta.

O dom de Deus supõe a consciente e ativa participação humana.

Devemos entender, portanto, que existe uma relação dinâmica de interdependência entre a fé a esperança e o amor; o que torna possível, a qualquer pessoa, um autêntico itinerário religioso que leva a conversão permanente.

Não precisamos inventar nada sobre a fé, sobre o amor e sobre a esperança. Tudo nos é concedido como graça, esperando, tão somente, a nossa abertura e adesão. Não é a nossa fé, mas, a fé de Deus em nós. Não é o nosso amor, mas, o amor de Deus em nós. Não é a nossa esperança, mas a esperança de Deus em nós.

Na narrativa de Marcos 4,35-41 (episódio da tempestade acalmada), depois que Jesus silencia o vento e o mar, dirige, para os discípulos as desconcertantes perguntas: “Por que vocês são tão medrosos? Vocês ainda não têm fé?”

Essas perguntas, ainda hoje, nos colocam diante das razões da nossa fé. E, precisamos responder!

Por que ter tanto medo? Por que vacilar na fé?

Retomemos algumas iluminações Bíblicas:

Lança fora o medo (1Jo 4,18)

“No amor não existe medo; pelo contrário, o amor perfeito lança fora o medo, porque o medo supõe castigo. Por conseguinte, quem sente medo ainda não está realizado no amor.”

O amor de Cristo nos impulsiona (2 Cor 5,14-20)

“O amor de Cristo é que nos impulsiona, quando consideramos que um só morreu por todos, e consequentemente todos morreram. Ora, Cristo morreu por todos, e assim, aqueles que vivem, já não vivem para si, mas para aquele que por eles morreu e ressuscitou. Por isso, doravante não conhecemos mais ninguém pelas aparências. Mesmo que tenhamos conhecido Cristo segundo as aparências, agora já não o conhecemos assim. Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu.”

A esperança não decepciona (Rm 5,1-5)

“Assim, justificados pela fé, estamos em paz com Deus, por meio de nosso Senhor Jesus Cristo. Por meio dele e através da fé, nós temos acesso à graça, na qual nos mantemos e nos gloriamos, na esperança da glória de Deus. E não só isso. Nós nos gloriamos também nas tribulações, sabendo que a tribulação produz a perseverança, a perseverança produz a fidelidade comprovada, e a fidelidade comprovada produz a esperança. E a esperança não engana, pois o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo que nos foi dado.”

Eu fui conquistado por Jesus Cristo (Fl 3,7-14)

“Por causa de Cristo, porém, tudo o que eu considerava como lucro, agora considero como perda. E mais ainda: considero tudo uma perda, diante do bem superior que é o conhecimento do meu Senhor Jesus Cristo. Por causa dele perdi tudo, e considero tudo como lixo, a fim de ganhar Cristo, e estar com ele. E isso, não mais mediante uma justiça minha, vinda da Lei, mas com a justiça que vem através da fé em Cristo, aquela justiça que vem de Deus e se apóia sobre a fé. Não que eu já tenha conquistado o prêmio ou que já tenha chegado à perfeição; apenas continuo correndo para conquistá-lo, porque eu também fui conquistado por Jesus Cristo.”

Detestem o mal e apeguem-se ao bem (Rm 1,9-13)

“Que o amor de vocês seja sem hipocrisia: detestem o mal e apeguem-se ao bem; no amor fraterno, sejam carinhosos uns com os outros, rivalizando na mútua estima. Quanto ao zelo, não sejam preguiçosos; sejam fervorosos de espírito, servindo ao Senhor. Sejam alegres na esperança, pacientes na tribulação e perseverantes na oração.”

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Ssantos

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