Vivendo o tempo Pascal

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O dia da páscoa aconteceu no dia 5 de abril. Mas, imagina só, um dia tão importante que, guarda o memorial fundamental da fé cristã, não pode ficar só num dia; não poderia passar com as vinte e quatro horas.

A páscoa não é, simplesmente, o fechamento com chave de ouro do difícil e exigente tempo da quaresma. A páscoa não é o ponto alto de uma sequência de feriados.

A páscoa é mais do que um dia; mais do que a chave de ouro da quaresma; mais do que um feriadão. A páscoa é o evento fundante do cristianismo. Quer dizer, é o acontecimento que deu origem à fé cristã; é a matriz, o eixo, o centro gravitacional do pensamento, da doutrina, das convicções e da prática do cristão. A páscoa é o Mistério de Cristo morto e ressuscitado que, permite a toda pessoa humana, sem exceção, a projeção da própria vida para dentro do Mistério Total de Deus. De tal modo que, não lhe falta a paz em relação ao passado, a alegria em relação ao tempo presente e a esperança em relação ao futuro.

A visão é a seguinte: por causa da Páscoa se vive a Quaresma, com todas as suas exigências e iluminações que lhe são próprias; por causa da Páscoa, com todas as suas consequências e aberturas, vive-se o Tempo Pascal até a sua plenitude no Pentecostes.

Neste sentido, da mesma forma que nos empenhamos em conseguir a melhor quaresma, através dos maiores sacrifícios, com a mesma dedicação e empenho, precisamos vivenciar o tempo pascal, como testemunho pessoal das inúmeras ressurreições que o Senhor nos permite, pela ação do Espírito Santo, em favor do nosso crescimento e da comunidade.

Na visão de São Paulo, a Trindade gera a comunidade. É a mística do corpo coeso, ou seja, a unidade na diversidade: “De fato, o corpo é um só, mas tem muitos membros; e, no entanto, apesar de serem muitos, todos os membros do corpo formam um só corpo. Assim acontece também com Cristo. Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito. O corpo não é feito de um só membro, mas de muitos. Deus é quem dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se o conjunto fosse um só membro, onde estaria o corpo? Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo. Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no seu lugar” (1 Cor 12,12-14.18-20.27).

O que é, afinal, o Tempo Pascal?

O Tempo Pascal, é o tempo de alegria e exultação pela nova vida que o Senhor nos conquistou pagando, com sua entrega na cruz, o alto preço de nosso resgate. A cor litúrgica é branca, e, a presença do Círio Pascal é marcante como símbolo do Cristo Ressuscitado, coluna de LUZ que vai à frente do seu povo.

Nesta primeira semana do Tempo Pascal, em particular, celebramos “A OITAVA DA PÁSCOA”. Como o mistério da “passagem” do Senhor pela morte é extremamente profundo, durante oito dias celebramos esse grande mistério como se fosse um único dia, com o objetivo de viver melhor o ponto central de nossa fé: A RESSURREIÇÃO DE JESUS.

Todo o tempo pascal que, se estende por sete semanas, até a Festa de Pentecostes, é marcado, não apenas nos domingos, mas, também durante os outros dias da semana, pelos textos de Atos dos Apóstolos e do Evangelho de São João. São trechos que nos mostram a fé das primeiras comunidades cristãs e dos Apóstolos, em Cristo Ressuscitado e, nos convidam a fazer da nossa vida uma contínua páscoa seguindo, fielmente, os passos de Jesus e testemunhando-o corajosamente no mundo de hoje.

Para bem viver o tempo pascal é preciso aprofundar a prática da oração, da caridade e a vivência comunitária da fé.

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Imagem: Google

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