Um basta a todo tipo de fingimento

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Não tem coisa melhor, mais bonita e mais decente, no mundo, do que a Autenticidade. Tudo o que passa pelo crivo da autenticidade é legítimo e verdadeiro porque a autenticidade não é um luxo mas, a própria essência das coisas.

Mas, o que é, mesmo, a autenticidade?

Autenticidade é a qualidade “da coisa” como ela é. Simples assim; sem enfeite, sem dissimulação e sem fingimento.

Infelizmente, em muitas situações, vivemos à sombra do fingimento. Muitas vezes, por lograr êxito usando inúmeros malabarismos nas palavras, nos gestos, nos atos, nas atitudes e nos diversos comportamentos, conforme a ocasião, passamos a viver à margem da verdade, tranquilos e felizes por enganar os outros.

O problema é que o fingimento não nos isenta das consequências de uma vida imersa na simulação, na falsidade e na fraude. O enredo da vida fingida é, sempre, uma tragédia enunciada.

É, sempre, muito difícil viver a vida com seus pesos desmedidos e as vezes insuportáveis. Por isso, parece mais fácil e melhor “viajar”, inventando uma vida “de ilha da fantasia” para sobreviver, “em paz” num mundo de verdade cruel. Sendo assim, alguns mergulham no engodo dos vícios, na “vida fácil” da prostituição corporal e política, na rapidez do dinheiro desonesto, nos cassinos e jogatinas… e por ai vai.

A autenticidade impõe o alto preço da verdade e, nem sempre, isso é fácil. Mas, é exatamente isso o que faz tudo valer a pena porque, a verdade nos torna livres e verdadeiramente felizes.

Em criança, ouvindo, sempre, Milionário e José Rico, guardei uma frase da música “Bebida não cura paixão”, onde diziam: “Amigo, procure ouvir e entender as palavras de um sábio: ‘Mais vale uma triste verdade do que uma alegre mentira’.” E, de fato, é assim que deve funcionar.

Associado a isso lembro o livro da Sabedoria que sustenta: “O princípio da sabedoria é o desejo autêntico de instrução, e a preocupação pela instrução é o amor” (Sb 6,17). E, ainda, um trecho da primeira carta aos Tessalonicenses: “Nós exortamos, encorajamos e admoestamos vocês a viverem de modo digno de Deus, que os chama para o seu reino e glória” (1Ts 2,12). Neste caso, precisamos dar um basta e banir, de nosso meio, toda dissimulação, falsificação e fingimento, por meio de uma nova prática de autenticidade:

Não fingir a força e nem fingir a fraqueza;

Não fingir o medo e nem fingir a coragem;

Não fingir o amor e nem fingir o ódio;

Não fingir o bem e nem fingir o mal;

Não fingir a saúde e nem fingir a doença;

Não fingir a beleza e nem fingir a feiura;

Não fingir as trevas e nem fingir a luz;

Não fingir a tristeza e nem fingir a alegria;

Não fingir a fartura e nem fingir a necessidade;

Não fingir a pobreza e nem fingir a riqueza;

Não fingir as palavras e nem fingir os atos;

Não fingir a vida e nem fingir a morte;

(…)

Ora, se gastamos tanto tempo e energias para viver dissimulando, falsificando e fingindo e, no fim, ficarmos expostos à tragédia do vazio presente e futuro, gastemos, pois, nossas energias e tempo numa vida verdadeira e plena de sentido no mundo presente e futuro.

Autenticidade custa muito, é difícil mas, vale a pena.

É assim que devemos viver! É assim que devemos ser: autênticos em tudo!

 

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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