Tela que retrata Esperança Garcia é assentada no Setor Social Diocesano

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Nesta segunda-feira, dia 07/12/2020, as 11:00h, foi assentado uma tela que retrata a escrava Esperança Garcia, na casa onde funciona o Setor Social da Diocese de Oeiras que recebe o nome da homenageada. Participaram deste momento o bispo da diocese de Oeiras, Dom Edilson Nobre, o economista Olavo Braz, Padre Nivaldo Luiz Pessinatti, Diretor dos salesianos no Nordeste, funcionários da Cáritas Diocesana de Oeiras, da Fazenda da Esperança, da Cúria Diocesana e os seminaristas Nailson e Odair.

A tela foi pintada e doada pelo economista Olavo Nunes Braz, entusiasta da cultura oeirense, proprietário e curador da galeria do Divino. Ultimamente tem se dedicado a produção de telas, algumas, expostas no Centro Cultural Major Selemérico e no Museu de Arte Sacra.

Esperança Garcia, “trata-se de uma mulher escravizada que, no final do século XVIII, escreveu uma petição destinada ao governador do Piauí…. Em 6 de setembro de 1770, a escravizada dirigiu uma petição ao Presidente da Província de São José do Piauí, Gonçalo Lourenço Botelho de Castro, denunciando os maus-tratos físicos de que era vítima, ela e seu filho, por parte do feitor da Fazenda Algodões… A atitude de Esperança Garcia não era uma prática. A habilidade dela em perceber a viabilidade de conciliar seu letramento com recurso de reivindicação evidencia sua capacidade de análise de conjuntura e habilidade política ao expor, na petição, a necessidade de realizar alguns sacramentos relacionados à religião católica, assim como a crença na possibilidade de ver sua solicitação considerada pelas autoridades… É importante lembrar que, tendo em vista a importância dada à petição de Esperança Garcia, por força da Lei nº 5.046, de 7 de janeiro de 1999, ficou instituído o dia 6 de setembro, data da petição, como sendo o “Dia Estadual da Consciência Negra” no Piauí”. ( http://antigo.acordacultura.org.br)

Olavo Braz, destacou alguns elementos na tela: “a pena que foi usada para escrever a petição denunciando a violência da escravidão aos negros da fazenda Algodões e a carta solta representa a liberdade, livre no vento sendo a forma desta carta chegar até o presidente da província, finalizou dizendo que Esperança Garcia era uma oeirense porque tudo à época pertencia a Oeiras”.

Para Dom Edilson Nobre, a “Casa Esperança Garcia é um lugar de referência, sobretudo para as pessoas que, como esta mulher-negra-escrava-pobre, vivem em situação de vulnerabilidade e de desamparo, muitas vezes, por falta de políticas públicas e de compromisso social da parte do governo e da sociedade”.

Ao final, Dom Edilson Nobre fez a benção da tela e agradeceu a presença de todos.

No Setor Social Diocesano, Casa Esperança Garcia funcionam a Cáritas Diocesana de Oeiras, o escritório da Fazenda da Esperança Bom Jesus dos Passos e a Pastoral da Criança. A Casa Esperança Garcia localiza-se na Avenida Benjamin Constant, antiga cadeia da cidade de Oeiras e funcionará de segunda à sexta- feira, de o8 às 12 e das 14 às 17h.

 

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