Talento é pra multiplicar

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Quem dera pudéssemos utilizar bem os talentos que temos! Mas, afinal, para que existe um talento? Como administrar um talento? De que servirá um talento se não for usado? Eu entendo que, toda potencialidade humana tem em vista o bem da pessoa para o bem do mundo. Mas, eu acredito que, na medida em que as potencialidades humanas vão sendo desenvolvidas, o Projeto de Salvação vai acontecendo.

Talento é uma potencialidade que espera desenvolvimento. Alguém escreveu: “O talento se parece muito com o dom na sua essência. Mas tem origem diferente. O talento é uma tendência ou um gosto especial que pode ser desenvolvido. Mesmo que exista algum componente genético, qualquer talento depende de três atitudes para atingir sua plenitude. O talento depende de treinar muito; ter disciplina: olhe para os atletas, por exemplo; e perseverança: persistir na busca dos resultados. Isto só confirma a ideia de que “todo talento é 1% inspiração e 99% transpiração”

Certa vez, Jesus contou esta parábola…

“Acontecerá como um homem que ia viajar para o estrangeiro. Chamando seus empregados, entregou seus bens a eles. A um deu cinco talentos, a outro dois, e um ao terceiro: a cada qual de acordo com a própria capacidade. Em seguida, viajou para o estrangeiro. O empregado que havia recebido cinco talentos saiu logo, trabalhou com eles, e lucrou outros cinco. Do mesmo modo o que havia recebido dois lucrou outros dois. Mas, aquele que havia recebido um só, saiu, cavou um buraco na terra, e escondeu o dinheiro do seu patrão.

Depois de muito tempo, o patrão voltou, e foi ajustar contas com os empregados. O empregado que havia recebido cinco talentos, entregou-lhe mais cinco… Chegou também o que havia recebido dois talentos, e disse: ‘Senhor, tu me entregaste dois talentos. Aqui estão mais dois que lucrei’. (…) Por fim, chegou aquele que havia recebido um talento, e disse: ‘Senhor, eu sei que tu és um homem severo pois colhes onde não plantaste, e recolhes onde não semeaste. Por isso, fiquei com medo, e escondi o teu talento no chão. Aqui tens o que te pertence’. O patrão lhe respondeu: “Empregado mau e preguiçoso! Você sabia que eu colho onde não plantei, e que recolho onde não semeei. Então você devia ter depositado meu dinheiro no banco, para que, na volta, eu recebesse com juros o que me pertence’. Em seguida o patrão ordenou: ‘Tirem dele o talento, e dêem ao que tem dez. Porque, a todo aquele que tem, será dado mais, e terá em abundância. Mas daquele que não tem, até o que tem lhe será tirado” (Mt 25,14-30).

Sobre essa parábola, comenta o padre Carlos Alberto Contieri, jesuíta: “Parábola mais extensa do Novo Testamento, apresenta o colaborador que Deus deseja, o discípulo que o Senhor deseja. A parábola é parte do discurso escatológico (24–25). Ela insiste no juízo do terceiro servo que enterrou o talento recebido. Se observarmos bem, dos dezessete versículos que integram o nosso texto, sete são dedicados a ele. Essa insistência é para alertar os discípulos, destinatários da parábola, contra a atitude representada pelo terceiro servo. Na antiguidade, uma moeda valia por seu peso. Um talento equivale a 34 quilos. Os dois primeiros servos não se limitaram a executar ordens, nem a se proteger, enterrando o bem do seu patrão. Eles tomaram a iniciativa de fazer render os bens e os multiplicaram. O terceiro servo, ao contrário, enterrou o talento que havia recebido. Para a mentalidade rabínica, o terceiro servo agiu em conformidade com a lei (Ex 22,6-7; Lv 5,21-26), donde se conclui que não há o que reprová-lo em sua atitude. Mas essa não é a posição de Jesus. O comportamento do terceiro servo é motivado pelo medo (cf. Rm 8,15). O que o “patrão” reprova é a mentalidade de escravo que impede de agir livremente e acomoda a pessoa nas suas próprias seguranças. Não se pode viver e servir a Deus sem arriscar. O espírito servil faz com que a pessoa não faça nada além do estritamente necessário e do que ela julga ser o seu dever. Elogiando os dois primeiros servos e repreendendo o terceiro, o evangelho indica que tipo de servo Deus deseja: aquele que faz valer o dom de Deus e não mede esforços para tal”.

 

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