A crise financeira mundial não é surpresa, é conseqüência!
O capitalismo está cheio de contradições porque propõe felicidade, salvação, realização e sentido para a vida baseada no poder do capital e do dinheiro.
Mentira! O poder e o valor do dinheiro e de qualquer bem material é limitado; não pode tudo! Aliás, pode muito pouco! O máximo de seu poder é comprar e pagar. Só isso!
A crise mundial do capital e, por conseguinte dos seus meios, instrumentos, estratégias e ideologia tem que nos fazer pensar para além das soluções pretendidas pelas nações: salvar o capital! Essa crise deve nos fazer pensar em como salvar o ser humano subjugado pelo materialismo.
Ter é necessário! Os bens materiais são muito importantes para a nossa sobrevivência. Somos nós que devemos possuí-los e não sermos possuídos por eles.
Somos escravos e não sabemos! Escravos dos bens, com a justificativa de que pertencem ao nosso suor, às nossas lutas e sacrifício. Ninguém tem o direito de desmerecer o suor, a luta e o sacrifício de ninguém. Mas, isso não pode significar perda de consciência de nossa parte. Tudo tem limite! O sentido definitivo de nossa vida tem que estar em coisas muito mais sólidas que o dinheiro. E pode acreditar, existe! Eu procurei na Sagrada Escritura e encontrei essas preciosidades:
1Jo 2,15-17: “Não amem o mundo e nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Pois tudo o que há no mundo – os apetites baixos, os olhos insaciáveis, a arrogância do dinheiro – são coisas que não vêm do Pai, mas do mundo. E o mundo passa com seus desejos insaciáveis. Mas quem faz a vontade de Deus permanece para sempre.”
Hb 13,5-7: “Que a conduta de vocês não seja inspirada pelo amor ao dinheiro. Cada um fique satisfeito com o que tem, pois Deus disse: ‘Eu nunca deixarei você, nunca o abandonarei.’ Assim, podemos dizer com ânimo: ‘O Senhor está comigo, eu não temo. O que é que me poderá fazer um homem?’ Lembrem-se dos dirigentes, que ensinaram a vocês a Palavra de Deus. Imitem a fé que eles tinham, tendo presente como eles morreram.”
1Tm 6,7-19: “Pois não trouxemos nada para o mundo, e dele nada podemos levar. Se temos o que comer e com que nos vestir, fiquemos contentes com isso. Aqueles, porém, que querem tornar-se ricos, caem na armadilha da tentação e em muitos desejos insensatos e perniciosos, que fazem os homens afundarem na ruína e perdição. Porque a raiz de todos os males é o amor ao dinheiro. Por causa dessa ânsia de dinheiro, alguns se afastaram da fé e afligem a si mesmos com muitos tormentos.
Você, porém, homem de Deus, fuja dessas coisas. Procure a justiça, a piedade, a fé, o amor, a perseverança, a mansidão. Combata o bom combate da fé, conquiste a vida eterna, para a qual você foi chamado. Isso, você o reconheceu numa bela profissão de fé diante de muitas testemunhas.
Diante de Deus, que dá a vida a todas as coisas, e de Jesus Cristo, que deu testemunho diante de Pôncio Pilatos numa bela profissão de fé, eu ordeno a você: guarde o mandamento puro, de modo irrepreensível, até a Aparição de nosso Senhor Jesus Cristo. Essa Aparição mostrará, nos tempos estabelecidos, o Bendito e único Soberano, o Rei dos reis e Senhor dos senhores, o único que possui a imortalidade, que habita uma luz inacessível, que nenhum homem viu, nem pode ver. A ele, honra e poder eterno. Amém!
Admoeste os ricos deste mundo, para que não sejam orgulhosos e não coloquem sua esperança na incerteza das riquezas, mas em Deus, que nos dá tudo com abundância para que nos alegremos. Que eles façam o bem, se enriqueçam de boas obras, sejam prontos a distribuir, capazes de partilhar. Desse modo, estão acumulando para si mesmos um belo tesouro para o futuro, a fim de obterem a verdadeira vida.”
Tenhamos coragem de dar à nossa vida algo maior e mais valioso que somente o dinheiro!
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
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