SENHOR, O QUE EU DEVO FAZER?

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Nós estamos nas mãos de Deus! Nesse sentido, nossa história é uma história de fé, marcada, fundamentalmente, pela ação e presença Dele. Em tudo podemos ver Deus! Ele abrange tudo e nada lhe escapa.

A fé promove, em nossa vida, uma verdadeira revolução de convicções, de valores, de sonhos, de ideais e de sentido. Pela fé, cai por terra, como um castelo de areia, tudo aquilo que não tem e não dá sustento ou que é gestado no ventre da vaidade, do orgulho, do egoísmo e da cegueira.

Quando, no sermão da montanha, Jesus aponta para ideal-promessa da verdadeira felicidade uma grande crise de convicções, de valores, de sonhos, de ideais e de sentido se estabelece no mundo e no coração das pessoas. Parece contraditório o que Jesus apresenta como felicidade. Aos pobres em espírito, ele promete o Reino do Céu; aos mansos, a posse da terra; aos que têm fome e sede de justiça, a saciedade; aos misericordiosos, o encontro com a misericórdia; aos puros de coração, a visão de Deus; aos que promovem a paz, serem chamados filhos de Deus; aos perseguidos, por causa da justiça, o Reino do Céu e, aos que forem insultados, perseguidos e caluniados causa de seu nome, a recompensa no céu.

O que acontece, porém, é que não é só um ideal de felicidade, mas uma promessa. E, é claro, como ideal-promessa, implica numa aliança e em todas as suas consequências.  Por isso, enquanto garante a nova vida, Jesus apresenta a exigência do testemunho-resposta à altura do que foi concedido: “Vocês são o sal da terra (…) se o sal perde o gosto… Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo (…) Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha.  Que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu”  (Mt 5,13-16).

Por outro lado, o próprio Jesus define como Ele vai manter a aliança, na linha do amor-fidelidade: “Não pensem que eu vim abolir a Lei e os Profetas. Não vim abolir, mas dar-lhes pleno cumprimento” (Mt 5,17). E assevera: “se a justiça de vocês não superar a dos doutores da Lei e dos fariseus, vocês não entrarão no Reino do Céu” (Mt 5,20).  Ora, a prática da Lei deve ser levada a sério, tanto na causa (o amor a Deus e ao próximo) como no efeito (o Reino de Deus e Vida Eterna).

A fé que tem exigências, também tem consequências! Quem aceita o ideal-promessa de Felicidade, proposto por Jesus, precisa ter claro que deve superar a justiça dos doutores da Lei e dos fariseus; quer dizer: deve fazer a diferença na vida e na fé; deve encarnar o Evangelho; deve radicalizar a Lei, pelo amor. Assumir as consequências da fé é ter, sempre, a convicção-coragem de perguntar a Deus, como Paulo: “Senhor, o que eu devo fazer?” (At 22,10). E Jesus não economizou palavras:

“Vocês ouviram o que foi dito aos antigos: ‘Não mate! Quem matar será condenado pelo tribunal. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que fica com raiva do seu irmão… diz: ‘imbecil’… chama: ‘idiota’… merece o fogo do inferno.”

“Vocês ouviram (…): ‘Não cometa adultério’. Eu, porém, lhes digo: todo aquele que olha para uma mulher e deseja possuí-la, já cometeu adultério com ela no coração.”

“Vocês ouviram (…): ‘Não jure falso’, mas ‘cumpra os seus juramentos para com o Senhor’. Eu, porém, lhes digo: não jurem de modo algum… Diga apenas ‘sim’, quando é ‘sim’; e ‘não’, quando é ‘não’. O que você disser além disso, vem do Maligno.”

“Vocês ouviram (…): ‘Olho por olho e dente por dente!’ Eu, porém, lhes digo: não se vinguem de quem fez o mal a vocês. Pelo contrário: se alguém lhe dá um tapa na face direita, ofereça também a esquerda!”

“Vocês ouviram (…): ‘Ame o seu próximo, e odeie o seu inimigo!’ Eu, porém, lhes digo: amem os seus inimigos, e rezem por aqueles que perseguem vocês! Assim vocês se tornarão filhos do Pai que está no céu.”

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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