Hoje é dia do soldado e do exército brasileiro: dia 25 de agosto.
Pra dizer a verdade, no clima de tensão, terrorismo e violência no qual estamos todos mergulhados, nos últimos tempos, quase que não há um ambiente de comemorações. Entretanto, é justo render nossas homenagens a todos os homens e mulheres que vão além da farda e, fazem do seu ofício, um verdadeiro ministério.
É do ofício de soldado que a Bíblia empresta alguns qualificativos para falar do combate de fé, num mundo de duras lutas e do perfil do homem de Deus consciente de sua luta.
Pra começo de conversa, o Antigo Testamento fala de Deus como Senhor dos exércitos, aludindo ao senso de presença que o Povo de Israel tinha em relação ao Senhor: se é necessário lutar é o Senhor quem vai à nossa frente!
As conquistas da vida, fazemo-las, em meio a lutas intensas e, o Povo de Israel sabe disso. Desde o começo; desde a saída do Egito, da casa da escravidão, até a terra prometida, o povo se pôs em marcha, em ordem de batalha, tendo o Senhor à sua frente: venceu o Faraó, seus carros e cavaleiros; venceu os gigantes da terra prometida… E, o Senhor, sempre à sua frente (Js 5,14; 1Sm 17,45; 1Cr 11,9; 1Cr 12,22; 1Cr 14,15; 1Cr 17,24; Sl 103,21; Is 6,3; Is 8,13; Is 14,27; Is 47,7; Hab 2,13; Ag 2,4; Zc 2,9).
Deus combate por seu povo. É Ele quem se adianta às lutas e abre os caminhos das conquistas e vitórias do seu povo.
Em contrapartida, o Povo de Deus é chamado a não fugir da luta; a não desertar; a não abandonar o campo de batalha; a não frustrar a luta; a não se acovardar.
O Critério de pertença ao Senhor dos Exércitos é ser capaz de se manter na luta.
Vejamos o livro da Sabedoria 5,15-23: “Os justos, porém, vivem para sempre, recebem do Senhor a recompensa, e o Altíssimo cuida deles. Por isso, receberão das mãos do Senhor a gloriosa coroa real e o diadema do esplendor, porque ele os protegerá com a mão direita e os cobrirá com seu braço, como escudo. Tomará seu próprio zelo como armadura e armará a criação para castigar os inimigos. Vestirá a couraça da justiça e colocará o capacete do julgamento que não admite suborno. Tomará como escudo a santidade invencível, afiará a espada de sua ira implacável, e o universo combaterá a seu lado contra os insensatos. Os raios partirão das nuvens como flechas bem apontadas e voarão sobre o alvo como de um arco bem retesado. Sua funda lançará furiosa saraivada, a água do mar se enfurecerá contra eles, e os rios sem piedade os afogarão. O sopro do poder divino se levantará contra eles e os dispersará como furacão. É assim que a injustiça devastará a terra toda, e a maldade derrubará o trono dos poderosos.”
No Novo Testamento, Paulo, um grande soldado de Cristo, apresenta a vida cristã como uma grande luta. Efésios 6,10-17: “Ademais, fortaleçam-se no Senhor e na força do seu poder. Vistam a armadura de Deus para poderem resistir às manobras do diabo. A nossa luta, de fato, não é contra homens de carne e osso, mas contra os principados e as autoridades, contra os dominadores deste mundo de trevas, contra os espíritos do mal, que habitam as regiões celestes.
Por isso, vistam a armadura de Deus para que, no dia mau, vocês possam resistir e permanecer firmes, superando todas as provas. Estejam, portanto, bem firmes: cingidos com o cinturão da verdade, vestidos com a couraça da justiça, os pés calçados com o zelo para propagar o evangelho da paz; tenham sempre na mão o escudo da fé, e assim poderão apagar as flechas inflamadas do Maligno. Coloquem o capacete da salvação e peguem a espada do Espírito, que é a Palavra de Deus.
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Foto: Google