O REINO DO CÉU, SEUS POR QUÊS E A VIDA!

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Falar do Reino de Deus é pôr à descoberto as verdades sobre a fé, sobre a igreja e sobre a prática cristã no mundo. Porque, embora tenhamos um coração que busca Deus, nem sempre está tão claro o significado de todo o seu projeto de amor, manifestado na promessa do Reino.

Mas, afinal de contas, o que é, mesmo, o Reino de Deus?

No judaismo, o conceito de Reino de Deus está ligado à crença judaica de que Javé (Deus) iria restaurar a nação de Israel.

No Cristianismo, existem conceitos divergentes sobre o que é, concretamente, o Reino de Deus: a) é um governo real e/ou universal de Deus estabelecido no céu e, também, na terra completamente renovada no fim dos tempos, no dia do Juízo Final; b) é uma condição espiritual, moral, mental e interior existente nos verdadeiros cristãos (um estar na graça de Deus); é a Igreja Cristã.

Na doutrina católica, o ‘Reino de Deus tem uma dimensão pessoal, de caráter espiritual e mo­ral, em cada homem e, tem  uma dimensão universal que se manifestará no fim dos tempos,’ no dia do Juizo Final, quando tudo estará consumado e, ai, vai surgir uma nova Terra e um novo Céu, onde os justos vivem em Deus, com Deus e junto de Deus.

Os valores principais do Reino de Deus são a verdade, a justiça, a paz, a fraternidade, o perdão, a liberdade, a alegria e a dignidade da pessoa humana.

Enquanto o evangelho de Mateus se dirige a judeus, na maioria das vezes, falando em Reino dos Céus, o evangelho de Marcos e Lucas falam sobre o Reino de Deus. O emprego de Reino dos Céus, em Mateus, é devido à tendência, no judaismo, de evitar o uso direto do nome de Deus.

Nossa vida, na fé, está marcada, profundamente, pela missão de Jesus que veio anunciar o Reino de Deus. De fato, o Reino de Deus, que foi ‘inaugurado, na terra, por Cristo,’ está destinado a acolher todos os homens, mas foi primeiramete anunciado aos filhos de Israel. Este Reino foi já anunciado por João Batista, que chamou a atenção para o arrependimento, ‘porque está próximo o Reino dos Céus’ (Mt 3,2).

Jesus de Nazaré, o Messias prometido e Salvador da humanidade, foi batizado e ungido para espalhar as sementes do Reino (Lc 4,1ss). Ele instruíu os seus apóstolos a pregar ‘que está próximo o Reino dos Céus.’ Essas instruções deveriam ser programa de vida para todos os seus discípulos e discípulas; a todos os cristãos (Mt 10,7; 24,14; 28,19-20; At 1,8).

Toda a Bíblia gira em torno da vinda do Messias e do Reino do Deus. Desta forma, o Reino de Deus, que é uma grande realidade misteriosa, tem um grande sentido profético e missionário na vida da Igreja Cristã. Através de parábolas, Jesus convida todas as pessoas a entrar no Reino de Deus, ou seja, tornarem-se discípulos d’Ele, para conhecer os mistérios do Reino dos Céus (Mt 13,11). Jesus exorta os seus discípulos a ‘buscar, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça’ (Mt 6,33).

O Reino de Deus, que ‘não terá fim e que já está no meio de nós (Lc 17, 21), é justiça, paz e alegria no Espírito Santo’ (Rm 14,17); é ‘o fim último ao qual Deus nos chama; é obra do Espírito Santo e, é também um império eterno que jamais passará e… jamais será destruído’ (Dn 7,14). Todos os que quiserem pertencer ao Reino de Deus precisam converter-se, realizar a vontade divina, ter fé em Jesus e acolher a sua palavra.

De fato, Jesus convida todas pessoas à convesão, a renunciar o mal e o pecado em vista da ilimitada experiência do perdão e da misericórdia. Ele afirmou que não entrará no Reino ‘todo o que não o receber com a mentalidade de uma criança’ (Mc 10,15), ‘quem não nascer de novo’ (Jo 3,3), aquele que não ‘faz a vontade de meu Pai que está nos céus’ (Mt 7,21) e ‘os injustos’ (1Cor 6,9). Para ter acesso ao Reino de Deus, ‘é preciso passarmos por muitas tribulações’ (At 14,22).

O Reino de Deus não é uma realidade para depois da morte, mas é um espaço de vida nova que se estabelece em nosso hoje; não totalmente, mas verdadeiramente. É o já-e-o-ainda-não. A plenitude do Reino só se dá com a morte. Mas, a hora do Reino é agora.

Busquemos, em primeiro lugar, o Reino de Deus e sua justiça e, tudo mais nos será acrescentado!

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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