Ainda é Natal! Somente o dia 25 de dezembro passou; apenas o dia, no calendário, porque nossa história está marcada para sempre, pelo Natal de Jesus.
Não fosse Deus um Pai atento ao clamor de seus filhos,
Até hoje estaríamos esperando consolo em outros braços;
Tivesse Deus virado as costas ao primeiro não do Homem-Adão,
Até hoje estaríamos esperando o Redentor em outro messias
Longe de nós perder o Natal de Jesus!
De que nos adiantaria viver sem esperança?
Estaríamos vivendo de mentiras e não da Verdade!
Já e ainda não é o paradoxo da Experiência de Deus:
Experimentamos a Deus: já; mas não plenamente: ainda não.
Sua pedagogia se chama Encarnação, porque
Uniu as diferenças: o céu e a terra, o eterno e o finito…
Sustenta você mesmo este tesouro: o Natal de Jesus é nosso!
O Natal, como sabemos, é maior que uma data, é maior é maior que o tempo. O Natal é o Cristo! Quem procura conhecer o que vê, não vai passar nunca por “tonto”, mas quem só vê o que conhece, delimita o seu mundo a um “tanto”.
O ano 2017 não é para ser temido, mas, para ser esperado. Só espera bem quem tem esperança. Por isso, o verbo a ser conjugado aqui é ESPERANÇAR. Esperançar é o ato ou efeito de esperar com esperança! O medo é a pior referência para se lidar com as realidades de nossa existência. Somente o TEMOR é Sábio porque inspira esperança. Temor é respeito e confiança.
Enquanto alguns fazem previsão, o NATAL nos faz exigências de mudança.
“MUDE, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. Sente-se em outra cadeira, no outro lado da mesa. Mais tarde mude de mesa. Quando sair, procure andar pelo outro lado da rua. Depois mude de caminho, ande por outras ruas, calmamente, observando com atenção, os lugares por onde você passa.
Tome outros ônibus. Mude, por uns tempos, o estilo das roupas. Dê os seus sapatos velhos. Procure andar descalço alguns dias. Tire uma tarde inteira parar passear livremente na praia, ou no parque, e ouvir o canto dos passarinhos. Veja o mundo de outras perspectivas. Abra e feche as gavetas e portas com a mão esquerda. Durma no outro lado da cama… depois procure dormir em outras camas.
Aprenda uma palavra nova por dia numa outra língua. Corrija a postura. Coma um pouco menos, escolha comidas diferentes, novos temperos, novas cores, novas delícias. Almoce em outros locais, compre pão em outra padaria. Almoce mais cedo, jante mais tarde ou vice-versa. Escolha outro mercado… outra marca de sabonete, outro creme dental… tome banho em novos horários.
Use canetas de outras cores. Vá passear em outros lugares. Ame muito, cada vez mais. Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as. Seja criativo. E aproveite para fazer uma viagem despretensiosa, longa, se possível sem destino.
Experimente coisas novas. Troque novamente. Mude de novo. Experimente outra vez. Você certamente conhecerá coisas melhores e coisas piores do que as já conhecidas, mas não é isso o que importa. O mais importante é a mudança, o movimento, o dinamismo, a energia. Só o que está morto não muda” (trecho do poema “Mude” de Clarice Lispector ).
O ano 2017 é como uma criança, precisa ser embalado.
Feliz Natal! Feliz ano novo!
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Foto: Google










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