NA TRILHA DA CF 2022 (I) – “A Escola está no Altar”

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NA TRILHA DA CF 2022 (I)

A Escola está no Altar

           Não por falta de assunto, a Campanha da Fraternidade 2022 traz à tona, pela terceira vez, o tema “Fraternidade e Educação”, desta feita com o sugestivo lema “Fala com sabedoria, ensina com amor” (Cf. Pr 31,26). Trata-se de um tema tão oportuno como vários outros, escolhido, certamente, pela urgência que o reveste, face à necessidade indiscutível de se edificar um mundo mais humano, justo e solidário. Para isso, o melhor caminho é a Educação, e mais ainda, a Educação sob a luz do Evangelho.

Nesse contexto, a afirmação, atribuída a Santa Gemma Galgani, de que “a Escola está no Altar”, a mim me parece pertinente e em perfeita sintonia com a Campanha da Fraternidade deste ano, que visa despertar, no âmbito da Educação, uma nova consciência individual e coletiva. Algo que conduza a um processo de ensino-aprendizagem pensado e trabalhado sob o prisma cristão, de modo que do altar emane, e se espalhe por todo o universo educacional, a essência dos ensinamentos de Jesus, valorizando-se o ser humano e dignificando-lhe a vida com “o belo, o bom e o verdadeiro”, como sugere o Manual da CF 2022.

No altar – complementa Santa Gemma – “o professor é Jesus Cristo e a lição para viver é a Eucaristia, seu Corpo e Sangue”. Vejo nessa assertiva uma verdade inspirada e por demais inspiradora para uma reflexão acerca da temática em foco, e chego à conclusão de que tais palavras revelam alguém que fala com sabedoria e ensina com amor.

Foi essa a impressão que tive, também, a respeito do Padre Possidônio Barbosa, pároco da Paróquia da Vitória, em Oeiras, ao ouvir a sua homilia na Missa matinal da Quarta-Feira de Cinzas, na Igreja Catedral. Vi ali um sacerdote que fala com sabedoria e ensina com amor. Falava ele da ligação entre o tema da Campanha da Fraternidade e as três práticas destacadas por Jesus no Evangelho do dia (Mt 6,1-6.16-18), as quais são propostas pela Igreja para o período quaresmal: a esmola, a oração e o jejum.

Dizia o Padre Possidônio que, ao praticarmos essas três coisas, estamos de alguma forma nos educando e, por conseguinte, nos convertendo pela educação. Segundo ele, “o exercício da Oração é um EDUCAR-SE PARA DEUS, o exercício do Jejum é um EDUCAR-SE PARA SI, e o exercício da Esmola é um EDUCAR-SE PARA OS IRMÃOS”.

A partir daí, torna-se fácil perceber o link entre o Altar e a Escola, entre Jesus Eucarístico e as lições de Vida, entre a Palavra de Deus e o Humanismo Solidário. Mais que isso, é fácil perceber que este é um momento propício para somar Educação e Fraternidade, a fim de se construir uma realidade alicerçada na justiça, na verdade, na esperança e na paz, onde o verbo “partilhar” e o substantivo “comunhão” se tornem sinais visíveis de uma mudança radical, consolidada pela educação fraterna. Lembrando que educar não é missão apenas da Escola ou do Estado, mas também da Igreja, da Família e da sociedade como um todo, e que a educação de qualidade não deve ser privilégio de alguns, mas um direito sagrado de cada cidadão.

A Campanha da Fraternidade é uma boa oportunidade de reflexão, discernimento e tomada de decisão. É hora de toda a nação se unir, inspirando-se no Papa Francisco, que em 2020 lançou o Pacto Educativo Global, com o intuito de somar esforços, no mundo inteiro, em prol da Educação. Oxalá todos os povos se irmanem em torno desse projeto e busquem realmente essa nova Educação, sob a docência do Mestre Jesus Cristo.

Por: Gutemberg Cavalcante Rocha

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