Liturgia Dominical: “Todos os Santos “

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Os verdadeiros benfeitores da humanidade

Se hoje no mundo existe ainda um pouco de esperança, é mérito dos santos que se destacam em meio a tantos desesperos. Se existe ainda a fraternidade, devemos a estes testemunhos que corajosamente têm vivido entre o ódio dos homens. Se uma criança ou um ancião ainda rir, é mérito dos santos que nos têm ensinado a respeitar a vida. Por estes motivos os santos são verdadeiros benfeitores da humanidade. Eles são a nossa família no céu que intercedem por nós e que nos estimulam a também buscarmos o caminho da santidade.

A Palavra de Deus nos garante que os santos são muitíssimos. O número 144.000 usado pelo Apocalipse é um símbolo para indicar uma multidão incalculável de santos (12 x 12 x 1.000 = 144.000). Doze na Bíblia é o número da plenitude e vem multiplicado pelo mesmo número e depois por mil, que é o número da grande quantidade. Os santos são uma multidão! De fato não podemos pensar diferente. Deus nos ama tanto a ponto de sofrer por nós a Paixão. É impossível que a força da dor-amor de Deus não produza frutos abundantes de santidade. É impossível que o Sangue de Cristo não seja extraordinariamente fecundo.

Quem são os santos? Os santos são os pobres em espírito. Estes são aqueles que venceram a sugestão do ter e se deixaram levar pelo fascínio do doar. O pobre não apoia a sua vida sobre a ilusão do dinheiro e dos seus derivados, mas sobre a Rocha, que é Deus.

Os santos são todos os humildes e misericordiosos. Aqueles que venceram a guerra dentro da própria alma sobre o inimigo mais terrível: o orgulho. Os humildes sentem compaixão, porque a comunhão com Deus leva a pensar e a reagir como pensa e reage Deus. De fato, Deus é infinitamente misericordioso.

Santos são os puros de coração, ou seja, são aqueles que não têm máscaras, nem segundas intenções, nem dupla personalidade. São aqueles que vivem na transparência e, sendo límpidos nos seus sentimentos, são capazes de respeitar o próximo. A pureza de coração é a verdadeira liberdade. Quem é verdadeiramente livre não sente a necessidade de criar escravos em torno de si.

Santos são aqueles que choram e sofrem, mas conservam a esperança. A esperança naquele que não engana e que enxuga cada lágrima.

Santos são os perseguidos por causa do amor a Deus e ao próximo. Não existe de fato amor maior do que aquele que dá algo de si ou mesmo a si próprio para o bem do próximo.

O que fazem os santos no céu? Nos responde Teresa de Lisieux que um dia declarou: “Quero passar o meu céu fazendo o bem sobre a terra”. Este é o paraíso dos santos: fazer o bem sobre a terra.

 

Dom Edilson Soares Nobre

Bispo Diocesano de Oeiras

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