Liturgia Dominical: “Sagrada Família de Nazaré”

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Sagrada Família de Nazaré

Jesus foi encontrado por seus pais no meio dos doutores

Celebrar a festa da Sagrada Família é um convite que a Igreja nos faz para contemplarmos a manifestação de Deus na vida da família humana, considerando tudo o que pode ser experimentado e vivido em seu dia-a-dia: tensões, contingências, alegrias e dramas. A Igreja nos apresenta como modelo de família a ser seguido a Sagrada Família de Nazaré: Jesus, Maria e José.

Com esta festa temos a oportunidade de refletirmos e valorizarmos a vida de nossas famílias com tudo o que elas carregam na história: alegrias, tristezas, sofrimentos, conquistas, conflitos, etc. A família é o espaço que Deus nos proporciona para experimentarmos a gratuidade, o amor, o perdão, a misericórdia, a partilha e a solidariedade.

As características da família descritas nos trechos do Antigo Testamento, sobre as quais se modelavam as famílias patriarcais, eram: a paz, a abundância de bens materiais, a concórdia e a descendência numerosa – sinais da bênção do Senhor; a obediência e o amor eram a lei fundamental; essa obediência não era só sinal e garantia de bênção e prosperidade para os filhos, mas também um modo de honrar a Deus nos pais; isto é perceptível na primeira leitura, do livro do Eclesiástico.

O Evangelho de hoje narra que Jesus  aparece no templo para fazer uma espécie de peregrinação, conforme a tradição judaica. O episódio apresenta Jesus, aos doze anos, submetendo-se à Lei do Senhor e realizando, como todo adolescente, seus primeiros atos de independência, com a conseqüente perturbação dos tranqüilos costumes familiares. A cena do menino Jesus entre os doutores no templo envolve temas que serão aprofundados ao longo do Evangelho. Ao afirmar “eu devo estar na casa (“naquilo”) que é de meu pai”, Jesus revela-se como Filho de Deus. A descrição é feita com categorias pascais; ele deve cumprir a vontade do Pai. Este “cumprir a vontade do Pai” marcará toda a sua vida até chegar o dia culminante de sua entrega na cruz. Inicia seu ensinamento no templo, voltando depois para denunciá-lo por ter-se transformado em covil de ladrões. Priorizando o que é do Pai, mesmo obediente a seus pais, Jesus indica que a família, sendo todos filhos de Deus, deve ser estabelecida em torno do cumprimento da vontade do Pai.

As palavras de Maria: “Meu filho, por que agiste assim conosco? Olha que teu pai e eu estávamos angustiados, à tua procura” (Lc 2,48). Estas palavras são a expressão espontânea da dor e da angústia de uma verdadeira mãe em seu relacionamento com o filho.

 

Dom Edilson Soares Nobre

Bispo Diocesano de Oeiras

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