Liturgia Dominical: Deus é o Dom precioso da família

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Segundo Domingo do Tempo Comum

Deus é o dom precioso da família

Hoje todos interrogam os espertos das mais variadas especialidades para buscar individualizar a natureza do mal que marca a família. Multiplicam-se os livros, os artigos, as entrevistas. Vale a pena interrogar o primeiro esperto nesta questão: Deus. O que Deus nos fala a respeito da família? Quando lemos a Escritura Sagrada atentamente percebemos que a família está na centralidade do pensamento de Deus. De fato, quando Deus cria o homem, a Bíblia não nos diz que foi criado o homem, mas a família. O texto usado na Bíblia é sugestivo: Deus disse: façamos o homem (= humanidade) a nossa imagem e semelhança. E Deus criou o homem à sua imagem, a imagem de Deus o criou: homem e mulher os criou”, ou seja, família.

Quando Deus procura uma imagem para falar de si mesmo, daquilo que sente pela humanidade e daquilo que quer da humanidade, ele escolhe o matrimônio. São estupendas as páginas dos livros de Isaías e de Oséias: Deus se compara a um pai, a uma mãe, a um esposo, a um noivo… Evidentemente no pensamento de Deus a família tem uma função central e, portanto, a corrupção da família é sinônimo de desmoronamento da sociedade.

O próprio Deus entra no mundo entregando-se a uma família. A mais humilde, a mais simples, porém, grande… Por quê? Porque é verdadeira família.

A primeira leitura de hoje nos propõe instruir nossas famílias tomando como base o princípio da justiça como condição para a salvação: “Por amor de Sião não me calarei, por amor de Jerusalém não descansarei, enquanto não surgir nela, como um luzeiro, a justiça e não se acender nela, como uma tocha, a salvação” (Is 62,1).

Entremos no Evangelho (Jo 2,1-11): Narra as bodas em Caná da Galileia. Uma festa de família, na qual um milagre acontece, ou seja, um sinal que precisa ser interpretado. A presença de Cristo às bodas já nos ensina que uma família não é completa se falta Deus. A família é feita para acolher Deus e, portanto, se falta Deus significa falimento na sua função. A maturidade de consciência dos pais cristãos está exatamente no sentir-se expressão de Deus: paternidade e maternidade são dois modos que Deus escolheu para apresentar-se ao mundo.

A narração do Evangelho nos apresenta Jesus sensível ao pedido de Maria, sua Mãe. Mas o que pede Maria para a família? Ela pede simplesmente vinho? Não! Ela pede, na verdade, para salvar a alegria, a serenidade, a paz do coração, pois esta é a principal festa que não pode faltar em nossas casas. É belíssima e comovente a intervenção da Mãe de Deus vista nesta perspectiva. Recorda-nos que a família precisa de um clima de paz e para salvar a paz nenhum sacrifício é demais.

“Eles não têm mais vinho”, disse Maria. Jesus respondeu-lhe: “Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou”. Sua mãe disse aos que estavam servindo: “Fazei o que ele vos disser”. Sim, fazer o que Ele nos manda! Confiar na sua providência! Não desistir nos momentos sombrios da vida, pois, ele transforma a dor em alegria.

Dom Edilson Soares Nobre

Bispo Diocesano de Oeiras–PI

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