JESUS: UM OUTRO ROSTO DO MESSIAS

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Por diversas vezes já ouvimos falar ou falamos de Jesus como sendo o Messias. O que afinal de contas significa “isso” de Messias? Qual a importância que tem para fé e para o Cristianismo?

Messias é uma palavra hebraica que significa “ungido”. Em grego o termo se traduz por Christos, de onde o nosso Cristo. Esse conceito não expressa apenas uma idéia. Evoca toda uma realidade, cuja esperança está relacionada à restauração e libertação de um povo.

Jesus é o Messias. E mais, é o enviado de Deus. Não é um Messias como pensavam os escribas e fariseus: um revolucionário político. É um Messias que revoluciona a “antropoteologia”. Bem por isso foi sempre incompreendido…

(*) Logo depois, os fariseus saíram e fizeram um plano para matar Jesus (Mt 12,14), porque, para fariseus, o Messias esperado devia ser um grande homem, vitorioso, libertador do povo que acabaria com a opressão dos dominadores e restauraria o reinado de Davi com todo o esplendor. Um judeu para os judeus.

A comunidade de Mateus nos apresenta o Messias como um judeu, sim, um autêntico israelita. Jesus é o Filho de Abraão (Mt 1,1-17). Jesus é o novo Moisés que escapa das mãos do “faraó” (Mt 2,13-18). É o novo Israel que Deus chama de volta desde o Egito (Mt 2,19-23). Mas, não é o Messias exclusivamente israelita esperado pelos fariseus.

No episódio dos magos do Oriente, Mateus prova que Deus se manifesta a todos os povos (Mt 2,1-11). Jesus é o “novo Israel” que supera as tentações. Se o povo que caiu no Egito caiu na tentação no deserto, Jesus, também no deserto, mostra sua fidelidade ao Deus único (Mt 4,1-11). Jesus age com nova autoridade. Como Moisés que subiu ao Sinai para receber a Antiga Lei, Jesus sobe ao monte para proclamar a “nova Lei” , e os discípulos se aproximam (Mt 5,1-12) e escutam: “ Vocês ouviram o que foi dito aos antigos… mas eu lhes digo…” (Mt 5,21.27.31.33.38.43). O tempo é realmente novo.

E novo é o Jesus que a comunidade de Mateus nos apresenta com seus títulos, com uma forma bem diferente do povo tratá-lo. Nesse evangelho o título mais freqüente para chamar Jesus é o de “Senhor”. Assim o chamam o leproso (Mt 8,2), o centurião (Mt 8,6.8), alguém que quer seguí-lo (Mt 8,21), o cego (Mt 9,28), a mulher cananéia (Mt 15,22.25.27), o pai do menino epilético (Mt 17,15), os dois cegos (Mt 20,31.33). Repetidamente Pedro chama Jesus de Senhor (Mt 14,28.30; 16,22; 17,4; 18,21) e também os outros discípulos (Mt 8,25; 26,22).

De igual forma, o título “Filho de Davi” aparece desde a apresentação (Mt 1,1) até na boca dos cegos (Mt 9,27), da multidão (Mt 12,23), da cananéia (Mt 15,22), dos outros dois cegos (Mt 20,30.31), das crianças e do povo que o acompanhou na estrada de Jerusalém.

Para Mateus é importante apresentar a Jesus como o Messias esperado. Mas ele faz questão de nos passar uma imagem de Messias diferente. Desde o episódio de João Batista, que convida à mudança radical de vida para participar do Reino, nos apresenta um Jesus humilde, que se faz igual a todos, “porque devemos cumprir toda a justiça” (Mt 3,15).

(*) Este texto é extraído do estudo do CEBI “Convém que se cumpra toda justiça”, coleção A Palavra na Vida, nº 133.

Por: Pe: Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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