ÉS TU AQUELE QUE HÁ DE VIR…?

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Quanto mais o tempo passa, mais vamos nos distanciando da originalidade do Evangelho e das promessas da fé. O evangelho não é, apenas, o que nos foi dado, na forma escrita, mas o Cristo-pessoa; sua vida, seus atos, sua pregação, sua história. Da mesma forma, as promessas de fé não são, simplesmente, as vantagens anunciadas e pretendidas por quem se aproxima de uma denominação religiosa (prosperidade, milagre, cura, revelação), mas, a Salvação.

A fé corre perigo! É preciso voltar às fontes da fé! A fé se sustenta da adesão, profunda, a Cristo; no seguimento a ele, em tudo e, ao mesmo tempo, se tornando semelhante a ele, até ao extremo da cruz. Ser um outro Cristo no mundo, no amor-ágape (ou amor-doação-entrega). Dar-se a Deus pelos irmãos, sem esperar nada em troca.

Por outro lado, a fé se afirma na esperança da Salvação que começa antes do túmulo, antes da morte. A salvação, como promessa é permanente ação de Deus, que vai nos libertando da morte e do poder da morte; do pecado e do poder do pecado; enquanto  caminhamos neste mundo. Mas, é, também, sentença de vida quando, no julgamento, como juiz, o Senhor Jesus dirá: “Venham vocês, que são abençoados por meu Pai. Recebam como herança o Reino que meu Pai lhes preparou desde a criação do mundo” (Mt 25,34-36).

Quem salva é Deus! É ele que tem nas mãos o poder de salvar. É nele que somos salvos. É por ele que chegamos à plenitude da vida. É com ele que viveremos a eternidade.

O início da pregação de Jesus tem tudo a ver com a incansável busca do cristão porque, atualiza, em qualquer tempo, o Projeto de Deus: “Jesus voltou para a Galiléia, pregando a Boa Notícia de Deus: ‘O tempo já se cumpriu, e o Reino de Deus está próximo. Convertam-se e acreditem na Boa Notícia’” (Mc 1,14.15).

Voltar ao Evangelho e às suas Promessas, significa, pelas palavras do próprio Cristo é: a) Abraçar as esperanças do Reino de Deus: no tempo de Deus e na vontade de Deus e b) Converter-se à Boa nova e em Boa nova; Acreditar na Boa nova e viver da Boa nova.

O Projeto de Deus é para quem tem coragem de se guardar para as esperanças de Deus.

Quando João Batista envia mensageiros a Jesus, ao invés de sustentar a dúvida dos judeus, ele anuncia a esperança-certeza do Reino: “João estava na prisão. Quando ouviu falar das obras do Messias, enviou a ele alguns discípulos, para lhe perguntarem: ‘És tu aquele que há de vir, ou devemos esperar outro?’ Jesus respondeu: ‘Voltem e contem a João o que vocês estão ouvindo e vendo: os cegos recuperam a vista, os paralíticos andam, os leprosos são purificados, os surdos ouvem, os mortos ressuscitam e aos pobres é anunciada a Boa Notícia” (Mt 11,2-7).

Você quer que a fé seja resposta? Aceite-a, antes de tudo, como proposta!

Não entregue a fé aos olhos. A fé é maior do que os olhos podem ver: “Jesus disse: ‘Você acreditou porque viu? Felizes os que acreditaram sem ter visto’” (Jo 20,29). Não entregue a fé às mãos. A fé é maior do que as mãos podem fazer. “Estenda a sua mão e toque o meu lado. Não seja incrédulo, mas tenha fé” (Jo 20,27). Não entregue a fé aos lábios. A fé é maior do que os lábios podem dizer. “Esse povo se aproxima de mim só com palavras, e somente com os lábios me glorifica, enquanto o seu coração está longe de mim. O culto que me prestam é tradição humana e rotina” (Is 29,13). Não entregue a fé, nem mesmo, ao coração. A fé é maior do que o coração pode sentir. “Darei para vocês um coração novo, e colocarei um espírito novo dentro de vocês. Tirarei de vocês o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne. Colocarei dentro de vocês o meu espírito, para fazer com que vivam de acordo com os meus estatutos e observem e coloquem em prática as minhas normas” (Ez 36,26-27).

Entregue a fé ao amor. A fé não vive sem amor. Aliás, tudo passa. Até a fé passa. O amor jamais passará. “O amor é paciente, o amor é prestativo; não é invejoso, não se ostenta, não se incha de orgulho. Nada faz de inconveniente, não procura seu próprio interesse, não se irrita, não guarda rancor. Não se alegra com a injustiça, mas se regozija com a verdade. Tudo desculpa, tudo crê, tudo espera, tudo suporta. O amor jamais passará” (1Cor 13,4-8).

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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