Está acontecendo o 5º. Encontro Nacional de Formação Missionária para Coordenadores e Animadores de Conselhos Missionários Diocesanos (Comidis) e Conselhos Missionários Paroquiais (Comipas), reúne desde quinta-feira (29) mais de 40 missionários leigos, padres e religiosas de 10 regionais da CNBB. Da Diocese de Oeiras foram enviados o Pe. Chagas Martins e a Missionária Fátima Bertoli.
Buscando cumprir a Exortação Apostólica “A Alegria do Evangelho”, do papa Francisco, que propõe um novo horizonte missionário na ação da Igreja, e acompanhando uma das urgências da evangelização no Brasil: Uma Igreja em estado permanente de missão, o Conselho Missionário Nacional (Comina), a Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) e o Centro Cultural Missionário (CCM), reúnem mais de 40 missionários em Brasília.
Eles representam conselhos missionários atuantes e em formação, nas dioceses e paróquias dos estados do Pará, Bahia, São Paulo, Mato Grosso, Amapá, Paraíba, Paraná, Amazonas, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Pernambuco e do Distrito Federal.
“Missão e Cooperação Missionária” é o tema central do Encontro que prossegue até domingo (3) e ocorre na sede das Pontifícias Obras Missionárias (POM) e no Centro Cultural Missionário (CCM).
O evento aborda temas como “Tempos de saída, para uma Igreja toda missionária”; A missão como mutirão eclesial; Os sujeitos e a articulação da animação e cooperação missionária e Elementos para um planejamento das atividades de Comidi e Comipas.
Acompanha a formação, a irmã Dirce Gomes da Silva, secretária-executiva do Comina e assessora da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária.
Pensando a prática missionária
Na quinta-feira (29), o secretário executivo do CCM, padre Estevão Raschietti apresentou uma abordagem da missão, baseada no texto do Comina, denominado “Missão e Cooperação Missionária, Orientações para Animação Missionária da Igreja do Brasil”.
O texto, explicou a irmã Dirce Gomes, foi apresentado à assembleia da CNBB, com proposta para se tornar futuramente um documento publicado pela conferência.
Durante a formação, padre Estevão descreveu os fundamentos, desafios e horizontes da missão, sob um olhar de conversão eclesial.
Observou que para uma ação eficaz, os conselhos missionários precisam assimilar os fundamentos que embasam a missão nas dioceses e paróquias, com um olhar para as realidades das igrejas locais, mas sem desprezar o chamado de enviar missionários ad gentes.
Por isso, enfatizou, uma prática missionária precisa ser cuidadosamente pensada. “Para entender um pouco da cooperação missionária precisa antes entender a missão da Igreja. Quais são os hábitos, quais são as prioridades, quais os critérios para definir uma missão? Porque nem todas as missões são iguais, mesmo que a Igreja tenha uma única missão. Porém, onde tem que anunciar? Para quem primeiro tem que anunciar? Para quem a Igreja tem que se tornar próxima e com que prioridade?”.
Em casa, mas também no Japão
Nas realidades das igrejas diocesanas, ressaltou padre Estevão, há evidentemente os planejamentos específicos que os conselhos terão que elaborar, mas sem deixar de abraçar, o compromisso irrevogável da missão universal.
O Secretário executivo do CCM, explica que na mesma diocese, o projeto missionário precisa preparar seus agentes para agirem nas realidades locais e nas realidades universais.
“Quem, não pensem apenas na missão na sua própria igreja, ou na cidade, ou território, mas que saiam e se projetem para Amazônia, África, Ásia, outros países, outro continente”, exortou.
Padre Estevão exemplificou. “Esse ir para fora, significa ir para fora de casa, atravessar a rua e depois de ter atravessado a rua, ir para a periferia da cidade e ir até o Japão. Isso não ocorre progressivamente, posso fazer ao mesmo tempo na periferia e no Japão”, finalizou.
Nas águas
A participação de Vera Lúcia Santos Costa, da prelazia do Marajó (PA) já começou missionária, desde sua saída de casa. Vera viajou horas de navio até Belém, de onde seguiu para Brasília.
Em uma terra carente de vozes proféticas que se unam ao bispo dom José Luiz Azcona, bispo do Marajó, Vera aceitou o chamado e irá ajudar na criação do conselho missionário na prelazia.
“Essa é a realidade da missão lá. Longas distâncias e saídas. Nós temos que nos dispor, em favor do reino de Deus. É toda uma entrega a Deus, enfrentando os desafios do dia a dia. Mas estou gostando muito e especialmente do encontro com irmãos de várias regiões do Brasil. Volto animada no Espírito Santo”, diz Vera satisfeita.
Amazônia
Boa parte dos participantes da formação de Cimidis e Comipas veio da região amazônica e está envolvida com atividades missionárias. Diane Maria Moreira da Silva é da diocese de Óbidos (PA), onde é coordenadora da Infância e Adolescência Missionária (IAM).
“Viemos em três de Óbidos, com a missão de buscar formação e auxiliar a diocese a formar o Comidi e os Comipas. Foi dom Bernardo quem nos enviou. Eu particularmente estou muito feliz, porque estou na sede das POM, aqui em Brasília, onde está a secretaria nacional da IAM. Inclusive, neste feriado estamos com um encontro da infância com 250 crianças, relata Diana Maria.
O 5º. Encontro Nacional de Formação Missionária para Coordenadores e Animadores de Comidis e Comipas, prossegue até domingo(3).