Na era do celular e do computador mensagem é sinônimo de facilidade e agilidade, numa comunicação rápida e barata. Seja ela falada ou escrita. De fato, a comunicação ganhou muito com a possibilidade de as pessoas encurtarem as distâncias com meios tão eficazes.
O mundo não tem mais, nem distância e nem fronteira! As pessoas estão interligadas por uma rede infinitamente grande de contatos. Mas, e a mensagem? E o mensageiro?
Todos os dias, por celular ou computador, entramos em contato com uma infinidade de mensagens; uma avalanche de textos, palavras, imagens, filmes… nem sempre verdadeiras, respeitosas e responsáveis. Mensagens que recebemos ou enviamos.
Mensagens que vêm; mensagens que vão: enviadas, reenviadas, copiadas, plagiadas, anônimas, spam, vírus… Mensagens que não são mensagens! Mensagens sem mensageiros! Mensagens bloqueadas e deletadas.
Mensagem tem que ser mensagem! Mensagem tem que ter mensageiro!
No “tempo” do correio elegante, nas festas ou da carta, na caixa de correio, a chegada da mensagem, precedida pelo mensageiro, sempre foi marcada de grande expectativa: “O mensageiro!”
O mensageiro desperta esperanças. O mensageiro é prenúncio de novidade. O mensageiro é força de presença. O mensageiro é, também, uma mensagem! O mensageiro é tão importante quanto a mensagem que ele leva!
A modernidade está diante de uma grande tragédia: a falta de mensageiro!
Temos meios fantásticos de comunicação rápida e barata, fácil e ágil; contato imediato! Mas, não bastam os meios e as mensagens. Precisamos de mensageiros, de carne e osso que despertem esperanças; que sejam prenúncio de novidade; que tenham força de presença e que, também, sejam uma mensagem! Senão a mensagem será mera simulação!
Diz a Palavra de Deus:
“Está escrito no livro do profeta Isaías: ‘Eis que eu envio o meu mensageiro na tua frente, para preparar o teu caminho. Esta é a voz daquele que grita no deserto: Preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!’
Foi assim que João Batista apareceu no deserto, pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados.
(…). Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo’.” (Mc 1,1-8).
O tempo do Advento, no qual nós estamos, aponta para Jesus, esperança do mundo e certeza da salvação. Mas, ao mesmo tempo, aponta para João Batista, o mensageiro que o precede.
João Batista é um mensageiro que desperta esperanças; que é prenúncio de novidade; que tem força de presença e que, também, é mensagem! Ele não tem nada, senão o que veste, o que come, e o que grita: ‘preparem o caminho do Senhor, endireitem suas estradas!’ Ele não foi para outro lugar, senão ao deserto, ‘pregando um batismo de conversão para o perdão dos pecados”. Ele não faz outra coisa, senão a missão que lhe compete porque, ‘Toda a região da Judéia e todos os moradores de Jerusalém iam ao encontro de João. Confessavam os seus pecados, e João os batizava no rio Jordão’. Ele declara e não nega: ‘Depois de mim, vai chegar alguém mais forte do que eu. E eu não sou digno sequer de me abaixar para desamarrar as suas sandálias. Eu batizei vocês com água, mas ele batizará vocês com o Espírito Santo’
Como João, Deus nos chama para ir à frente de Jesus, como mensageiros. E como somos necessários!
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
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