A vida continua!

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Todas as coisas, neste mundo, têm COMEÇO, MEIO e FIM. Entretanto, cada coisa, cada ser, traz no bojo de sua existência, características peculiares ao seu dinamismo, dentro de uma noção de TEMPO E ESPAÇO. Isso significa que, tudo funciona dentro das mesmas regras existenciais, porém, em cada um há variações de tempo (segundo; dia; mês; ano; década; século; milênio) e espaço (lugar social, econômico, político, cultural, religioso) que lhes são próprios. Sem esta clareza, não conseguimos entender a nós, aos outros e ao mundo.

Sem gavetas ou compartimentos. A vida é dinâmica, tem um fluxo contínuo e não está submetida aos nossos caprichos e vontades. Por isso é que em muitas situações a vida nos parece tão dura, difícil, amarga e insuportável; por que contraria as nossas obviedades pessoais. Ora, como é possível perceber continuidade na vida com uma visão e mentalidade tão estanque e compartimentalista como a nossa?

A vida não é como um armário, cheia de gavetas e compartimentos.

Critérios e princípios. Nós não sabemos enfrentar de forma madura as diversas situações sob as quais vivemos, sejam as situações boas ou más. Falta-nos princípios fundamentados e critérios mais objetivos e claros para não desenvolver soberba na hora alegre, no momento bom, no prazer, na fartura… e para não submergir no desespero na hora dura, na dor, na morte, na perda, na frustração.

Quando não sabemos como lidar com os sentimentos que surgem tanto numa como noutra experiência, acabamos vivendo como se estivéssemos em constante fuga, amedrontados, desconfiados.

Horizontes da felicidade. Quanto mais seccionamos a vida numa determinada esfera, muito mais reduzimos os horizontes de nossa felicidade. Quer dizer: se julgamos que não precisamos do arroz porque temos o feijão; não precisamos do rio porque temos a piscina; não precisamos do empregado porque temos a máquina; não precisamos isto porque temos aquilo… cavamos a nossa própria sepultura, porque um dia aquilo que pensávamos estar sob o nosso mais restrito controle pode nos escapar e ficamos “a ver navios”; ficamos sem nada, porque só tínhamos aquilo.

Nós precisamos de tudo e de todos para viver, ainda que nem tudo seja nosso.

Síndrome da posse. Quem perde enquanto está sob a síndrome da posse se torna algoz de si mesmo porque, para se defender, cria mania de perseguição e complexo de inferioridade e algoz dos outros porque, não vê sentido em nada e tenta destruir quem encontra algum sentido nas coisas e na vida. Na cabeça de uma pessoa assim está: “se eu não posso ser feliz, ninguém mais será! É ai que nasce o inferno na terra.

Desintegração da pessoa. A desintegração da pessoa começa pela fragmentação de sua vida. Ou seja, o mesmo que acontece com determinado objeto desmontado por alguém que não entende nada sobre ele, vai estar sempre sobrando algumas peças. E, talvez, momentaneamente, não produzam diferença perceptível no funcionamento do objeto do qual foram subtraídas. Mas, o tempo não esconde nada de ninguém. Tudo vem à tona, recheado de consequências diversas.

Ser ou não ser. Ora, a nossa vida não é via de mão única; tem várias pistas e também encruzilhadas. Se eliminamos as pistas e encruzilhadas ao sabor dos nossos desejos podemos ficar empacados num beco sem saída. Na verdade há sempre um preço a ser pago em nossas negociatas malucas. Não dá para obter o mesmo resultado acendendo uma vela a Deus e outra ao diabo. Da mesma forma não dá para ser feliz negando a condição real de nossa existência na terra: ser ou não ser o que fomos chamados a SER.

De novo princípios e critérios. Voltando aos princípios e critérios, eles não virão como receita e não serão sustentados de modo autêntico se forem concebidos como receitas. Os princípios são declinados de nossas convicções sobre a vida e dos valores que dela aprendemos. Porque, no bem ou no mal, na vida ou na morte, lá ou aqui; em qualquer lugar ou situação; depois de tudo e qualquer coisa, a vida continua…

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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