A verdadeira riqueza

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Qual é a verdadeira riqueza?

O materialista, certamente, vai responder baseado na sua visão de mundo, de acordo com o valor material e econômico. Mas, é claro que a verdadeira riqueza não pode ser mensurada, material e economicamente. Valor ultrapassa medidas subjetivas porque, todas as coisas têm um valor em si mesmas que, as veste, enchendo-as de importância e significado; independente de quem as vê.

É claro que o transbordamento deste valor passa pelos filtros do universo simbólico de cada sujeito. Mas, venhamos e convenhamos, é uma grande pobreza enclausurar qualquer coisa, objeto, pessoa ou seres dentro de uma única medida e suas limitadas referências. Isso não quer dizer, numa consideração mais ampla que, pesquisas, referências, conhecimentos e especialidades são desprezíveis por suas valorações. O que está em questão é a minimização da mais valia materialista e econômica. Uma determinada coisa, objeto, pessoa ou ser vale muito mais do que uma dedução subjetivada pelo utilitarismo.

Vivemos numa sociedade capitalista sustentada por um neoliberalismo econômico infame, inconsequente e imoral que usas as referências de liberdade, igualdade, direito, acessibilidade… como lastro da inversão de valores que, contraditoriamente, são consumidos como cultura.

No neoliberalismo econômico tudo é valorizado para sustentar a máquina de produção e consumo. Assim, tudo o que é feito, pesquisado, mudado, investido… tem em vista um retorno econômico fatiado por vários seguimentos.

Vejamos, por exemplo, o caso dos idosos. Do ponto de vista do antigo modo de produção capitalista, baseado na força de produção, o idoso não servia para “movimentar a máquina de produção” que, precisava de mão de obra. Neste sentido, era “carta fora do baralho”, não contribuía com o sistema. Mas com o deslocamento da ênfase capitalista, para o consumo, o idoso que é, também, aposentado passa a ser um consumidor em potencial, com dinheiro mensal garantido. Como a população dos aposentados é extremamente grande, por causa disso e não por outro motivo “partem” pra cima deles e um exército de pessoas, empresas, financeiras… Que tal?

Parece que não, mas, a cultura neoliberal do capitalismo cooptou não somente seus correligionários, no afã da riqueza, mas, segue cooptando a tudo e a todos transtornando as mentes e envenenando os relacionamentos.

Vejamos esta história

“Havia, certa vez, uma vila rural cujo povo era muito individualista. Eles não se ajudavam uns aos outros. Um dia, chegou um senhor de fora e espalhou a notícia: ‘Em um poço abandonado, na ponta de uma corda está a felicidade’.

As pessoas começaram a procurar este poço.

Um dia um homem o achou. Era um poço muito fundo, e dele saía uma corda com um bom pedaço para fora do poço. O homem logo pensou: ‘Vou puxar sozinho a corda e ficar com essa fortuna só para mim’. Mas não conseguiu, pois, o objeto era muito pesado lá dentro. Então chamou um amigo. Os dois também não conseguiram. Chamaram outro, mais outro, os jovens, as mulheres… até que todo o povo da vila se reuniu para puxar a corda. E conseguiram retirar. Mas, que decepção! Era uma pedra! Uma enorme pedra, sem valor nenhum!

Entretanto, dali para frente, o povo aprendeu a se unir, a lutar juntos, e todos ficaram mais felizes. E descobriram que o sábio estava certo: a felicidade estava na ponta da corda, mas não naquela ponta lá do fundo do poço, e sim na ponta de cima, na qual todos se uniram.

Sem perceber estamos deixando de lado e abandonado verdadeiras riquezas que sempre nos foram caras e que, infelizmente, estão ficando cada vez mais raras.

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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