O que ocorre em Brasília é inominável, tamanha a selvageria e brutalidade contra a lei, a justiça, a ética e o bom senso.
A República se transformou, na verdade, num reduto jactâncias, esquisitices, mentiras, enganações, conluios e salto alto.
Intocáveis, os homens e mulheres do poder que, lá estão, se colocam acima de tudo e de todos, inclusive, acima de Deus.
Revendo a história do povo de Deus e a conjuntura política que ensejaram mudanças na concepção de ordem e poder e referendaram a chegada do rei, encontramos semelhanças que não são meras coincidências, no modo como o poder foi se estabelecendo e sendo gestado pelas mentes políticas insanas e pelo poder despótico dos degenerados e desregulados brasileiros. Se é que assim podem ser chamados: “brasileiros”.
Diz a Palavra de Deus em 1 Sm 8,1-22.
“Quando já estava velho, Samuel estabeleceu os dois filhos seus como juízes em Israel. Seu primeiro filho se chamava Joel, e o segundo Abias. Os dois exerceram o cargo de juiz em Bersabéia. Eles, porém, não seguiram o exemplo do pai, deixando-se levar pela ganância: aceitaram suborno e distorceram o direito. Então os anciãos de Israel se reuniram e foram até Samuel, em Ramá. Disseram a Samuel: “Veja. Você já está velho e seus filhos não seguem o seu exemplo. Por isso, escolha para nós um rei, para que ele nos governe, como acontece em todas as nações”.
Não agradou a Samuel a frase que eles disseram: “Dê-nos um rei para que nos governe”. Então Samuel invocou a Javé. E Javé disse a Samuel: “Atenda à voz do povo em tudo o que eles pedirem, pois não é a você que eles estão rejeitando, mas a mim; não querem mais que eu reine sobre eles. Assim como eles têm feito desde o dia em que os tirei do Egito até hoje, abandonando-me e servindo outros deuses, a mesma coisa eles fizeram com você. Atenda o pedido deles. Contudo, mostre com clareza e explique para eles o direito do rei que reinará sobre eles”.
Samuel transmitiu todas as palavras de Javé ao povo que lhe pedia um rei. E lhes disse: “Este é o direito do rei que governará vocês: ele convocará os filhos de vocês para cuidar dos carros e cavalos dele, e correr à frente do seu carro. Ele os nomeará chefes de mil e chefes de cinqüenta. Ele os obrigará a ararem a terra dele e fazerem a colheita para ele, a fabricarem para ele armas de guerra e as peças dos seus carros. As filhas de vocês serão convocadas para trabalhar como perfumistas, cozinheiras e padeiras. Ele tomará os campos, as vinhas e os melhores olivais de vocês, para dá-los aos ministros. Pegará a décima parte das plantações e vinhas de vocês, e as dará aos oficiais e ministros. Os melhores servos e servas, os bois e jumentos de vocês, ele os tomará para que fiquem a serviço dele, e cobrará, como tributo, a décima parte dos rebanhos. E vocês mesmos serão transformados em escravos dele. Quando isso acontecer, vocês se queixarão do rei que escolheram. Nesse dia, porém, Javé não dará nenhuma resposta a vocês”.
No entanto, o povo não quis ouvir as explicações de Samuel, e disse: “Não tem importância. Teremos um rei, e seremos também como as outras nações: nosso rei nos governará, irá à nossa frente para comandar nossas guerras”. Samuel ouviu tudo o que o povo disse e foi contar a Javé. E Javé respondeu: “Se é isso que querem, estabeleça um rei para eles”.Então Samuel disse aos israelitas: “Volte cada um para a sua cidade”.
É preciso dizer mais o que?
Chega de culto ao poder e aos seus deuses. Abaixo a desinteligência política, a supremacia do engodo e o salto alto. Estamos cansados da bazófia política e seus desmedidos.
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
Foto: Google