A partir de domingo, dia 26 de novembro, solenidade de Cristo Rei e dia do Cristão leigo, começaremos a vivenciar o ano do laicato que, vai até dia 25 de dezembro de 2018. É uma iniciativa da CNBB, no intuito de protagonizar o papel e a missão dos leigos na igreja e no na sociedade. Leigos são os cristãos batizados que não estão ligados como membros às Sagradas Ordens, ou seja, os que foram incorporados a Cristo pelo Batismo, que formam o Povo de Deus, e que participam da função sacerdotal, profética e régia de Cristo.
De fato, o batismo nos insere num universo de fé repleto de comprometimentos: como filhos e filhas de Deus e membros de uma comunidade-igreja.
Como filhos e filhas de Deus, somos herdeiros da Salvação, conforme as palavras de São Paulo aos Romanos: “Todos os que são guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus. E vocês não receberam um Espírito de escravos para recair no medo, mas receberam um Espírito de filhos adotivos, por meio do qual clamamos: Abba! Pai! O próprio Espírito assegura ao nosso espírito que somos filhos de Deus. E se somos filhos, somos também herdeiros: herdeiros de Deus, herdeiros junto com Cristo, uma vez que, tendo participado dos seus sofrimentos, também participaremos da sua glória” (Rm 8,14-17).
Como membros de uma comunidade-igreja, somos irmãos e discípulos missionários, conforme as palavras de São Paulo aos Coríntios: “Pois todos fomos batizados num só Espírito para sermos um só corpo, quer sejamos judeus ou gregos, quer escravos ou livres. E todos bebemos de um só Espírito. O corpo não é feito de um só membro, mas de AS NA IGREJAmuitos. Deus é quem dispôs cada um dos membros no corpo, segundo a sua vontade. Se o conjunto fosse um só membro, onde estaria o corpo? Há, portanto, muitos membros, mas um só corpo. Ora, vocês são o corpo de Cristo e são membros dele, cada um no seu lugar. Aqueles que Deus estabeleceu na Igreja são, em primeiro lugar, apóstolos; em segundo lugar, profetas; em terceiro lugar, mestres…” (1Cor 12,13-28).
É impossível, para um batizado, ser cristão autêntico sem os sinais da fé que, necessariamente, devem acompanha-lo. Mas, não como perfeição moral, porque esta ênfase já encheu a igreja de um duro moralismo. Os verdadeiros sinais da fé estão fundamentados no seguimento e no testemunho de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, em duas direções:
A primeira direção é apontada pela carta de São Paulo aos Filipenses 2,5-11: “Tenham em vocês os mesmos sentimentos que havia em Jesus Cristo: Ele tinha a condição divina, mas não se apegou a sua igualdade com Deus. Pelo contrário, esvaziou-se a si mesmo, assumindo a condição de servo e tornando-se semelhante aos homens. Assim, apresentando-se como simples homem, humilhou-se a si mesmo, tornando-se obediente até a morte, e morte de cruz! Por isso, Deus o exaltou grandemente, e lhe deu o Nome que está acima de qualquer outro nome; para que, ao nome de Jesus, se dobre todo joelho no céu, na terra e sob a terra; e toda língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor, para a glória de Deus Pai.”
A segunda direção é apontada pelo Evangelho de São Mateus 5,13-16: “Vocês são o sal da terra. Ora, se o sal perde o gosto, com que poderemos salgá-lo? Não serve para mais nada; serve só para ser jogado fora e ser pisado pelos homens. Vocês são a luz do mundo. Não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada para colocá-la debaixo de uma vasilha, e sim para colocá-la no candeeiro, onde ela brilha para todos os que estão em casa. Assim também: que a luz de vocês brilhe diante dos homens, para que eles vejam as boas obras que vocês fazem, e louvem o Pai de vocês que está no céu.”
Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos
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