VAMOS VOTAR!

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Votar em quem? Perguntam-me alguns amigos, encabulados com o cenário da campanha política e com os candidatos. Votar pra quem?

De fato a missão não é tão fácil, ainda mais, porque, no clima de campanha as informações se chocam e a verdade se mistura com mentiras, denuncismos, fofocas… os candidatos se atacam mutuamente e usam táticas de guerra para desmoralizar e desestabilizar uns aos outros. Uma verdadeira confusão! Em quem acreditar?

E, a imprensa? É claro que, a imprensa tem um papel importante enquanto expõe fatos ou traz a lume elementos escondidos da história oculta dos homens públicos, mas, porque também os meios defendem interesses e servem a uma tendência, fica difícil dar crédito em tudo o que se publica. Põe difícil nisso!

Colabora para a difícil missão do voto, o comportamento corruptível de uma multidão de eleitores que se deixam levar pelo dinheiro, pelos benefícios de campanha e por outras promessas. Uma vergonha! Aliás, ato criminoso, disseminado não só entre os mais pobres, mais entre muita gente graúda. É o toma-lá-dá-cá da política sanguessuga.

Na hora de decidir o voto, uma coisa que, eu acredito que ajuda, é unir o ato da urna com o ato posterior de acompanhar os passos e a conduta do votado e do eleito. E, isso deveria ser um compromisso de cada um e uma prática de toda a sociedade organizada: fiscalizar os atos dos políticos, na política. Aliás, existem dispositivos legais para agir sobre esse povo que foi eleito para governar a nossa nação em seus diversos âmbitos e esferas. A gente põe, a gente tira. O poder não é do político, o poder é do povo. Estão lá porque cada eleitor do município, ao redor do Brasil decidiu este lugar em voto. Por isso, a mudança deve acontecer, em primeiro lugar, na conduta política do povo, o primeiro agente político da política. Como?

As eleições municipais ganham uma repercussão gigantesca, principalmente, nas pequenas cidades porque, tudo é muito próximo; tudo é muito misturado; o comitê de um é de frente da casa do outro; o emprego desse depende da eleição daquele; a condução para o médico é um “favor” que se deve já há alguns anos; a frente da propriedade tem pedra colocada pelo vereador “y” e assim vai. De tão próximo e misturado, tudo fica muito confuso, estranho e perigoso. Sendo assim, é preciso ir às urnas, mas, com que cabeça se vai às urnas!?

Não basta ir às urnas! É preciso fazer, de cada dia, depois do voto, o pleito da cidadania consciente, onde todos nós temos que governar com quem governa; decidir com quem decide; legislar com que legisla, sempre, numa relação de cuidado com o bem comum.

Lembrar que somos responsáveis nos deixa em estado de alerta sobre os atos daqueles que nos representam na política: não estão lá, para fazer qualquer coisa em nosso nome. Estão lá como nossos representantes do bem comum, em nome do povo. Se não servem este objetivo, não servem para a política.

Na hora do voto, não leve, apenas o título de eleitor e o “santinho” do candidato para não esquecer o número. Leve a história sofrida do povo; leve a realidade que pede mudança; leve a sua fé no Deus libertador; leve a convicção da paz que só chega com a justiça; leve a consciência da responsabilidade pessoal no antes, no durante e no depois; leve a visão de futuro que combina com esperança; leve o sonho de um país sem corrupção; leve as informações sobre políticos corruptos; leve o respeito ao país; leve a decisão de não se deixar corromper pelo dinheiro e, nem pela promessa; leve a cidadania; leve o amor pela cidade, pela Pátria e pelo Brasil; leve a liberdade do voto…

A urna nos espera no dia 6 de outubro de 2024, para o voto!

Mas, a vida nos espera, todos os dias, depois do voto.

Políticos somos todos nós!

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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