13 DE MAIO: ONDE ESTÁ A LIBERDADE?

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Em 1987, há exatamente 28 anos, iniciei a militância no Movimento Negro, no Grupo de União e Consciência Negra e no Grupo dos Religiosos Negros, em Fortaleza-CE. Há exatamente 10 anos, comecei a escrever sobre o Dia 13 de Maio. Pequenos textos, reflexões sobre o real significado dessa data que encontra-se no calendário.

Depois de todos esses anos decorridos, vamos perceber em uma breve análise e sem grandes esforços que somos chamados a trabalhar para que a liberdade à qual se reporta a data supra mencionada seja vivida na sua plenitude. Liberdade, respeito e dignidade não só em relação aos afrodescendentes bem como em relação às demais “minorias sociais”, que ainda sofrem por conta da intolerância ora manifesta de forma velada, explícita; ora de forma tácita, simbólica: as mulheres – duplamente discriminadas: por serem mulheres e por serem negras, idosos, crianças, jovens, portadores de alguma necessidade especial etc.

Nesse sentido, a mídia tem veiculado dia após dia episódios que nos fazem refletir sobre a real necessidade de estarmos sendo cada vez mais comprometidos com o exercício da liberdade, com a atenção à dignidade humana tantas vezes ignorada.

Sabendo que a superação do racismo e toda forma de racismo e discriminação começa com o nosso agir. Desde o nosso modo de falar, a linguagem que tantas vezes é pejorativa, com os gracejos de mal gosto e as piadas com as quais  depreciamos o jeito de ser do outro, a sua maneira.

Lembro nesse sentido Santa Teresa de Calcutá que certa vez, chegando à Europa, foi interrogada por um jovem jornalista que teria perguntado-lhe: Madre Teresa, o que é necessário mudar no mundo? Madre Teresa olhou nos olhos daquele jovem jornalista, como se olhasse para o seu coração e respondeu-lhe: Meu jovem, no mundo temos que mudar duas pessoas: eu e você.

Portanto, uma realidade diferente, sem as amarras do racismo e de tantas outras “patologias sociais” terá início mediante a nossa práxis, o nosso modo de ser: eu que escrevi esse texto, você que agora está lendo o mesmo.

Para a reflexão pessoal ou em grupo:

  1. Você se lembra do último episódio, notícia que viu sobre racismo, discriminação?
  2. Há no Brasil a “Democracia Racial”?
  3. Você sente que, de algum modo, precisa trabalhar a aceitação das pessoas que são “diferentes” de você?

Por toda forma de discriminação!

Continuemos na luta!

Pe. Francisco Barbosa, Presbítero da Diocese de Oeiras, Pároco da Paróquia do Sagrado Coração de Jesus – Simplício Mendes-PI, Militante do Movimento Negro, e-mail: [email protected], 2015

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