Jubileu de 80 anos

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Sobre a nossa Diocese

A Diocese de Oeiras foi criada no dia 16 de dezembro de 1944, pelo papa Pio XII, através da bula Ad Dominici Gregis Bonum (Para o bem do rebanho do Senhor), que também criou pelo mesmo ato a diocese de Parnaíba. A diocese criada foi solenemente e instalada no dia 07 de outubro de 1945, com uma extensão territorial de cerca de 84.000 Km², abrangendo todo território central do Estado do Piauí, que se estende entre os Estados do Maranhão, ao Oeste, e Pernambuco e Ceará, ao Leste.

Notícias sobre o Jubileu

Notícias sobre o Jubileu

Materias sobre o Jubileu

Música: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Letra: Gutemberg Cavalcante Rocha

 

Diocese de Oeiras

Oitenta anos, que alegria

Sob o olhar do Velho Mocha

Realizou-se a utopia

O Bispado almejado

Nossa Senhora abençoou

E Jesus de passo em passo

Nos campos e cidades saiu plantando o amor

O Paráclito Divino

Os corações ao alto em chamas abrasou

 

Feito chuva que verdeja o sertão

Deus plantou-se neste chão

Eis que a Virgem da Vitória

A Mãe da nossa história nos chama pra missão

Firmes na fé e na verdade

Em tudo a Caridade, em tudo a Comunhão

 

Uma Igreja sinodal

É a novidade, é a raiz

Peregrina da Esperança

Eu vos envio, Cristo nos diz

Ide, fazei discípulos meus

Todos os povos; vos dou a Paz

Pra que todos tenham vida

Em todas as paróquias e áreas pastorais

A Mãe leva ao Salvador

É tudo para o bem do rebanho do Senhor

 

Feito chuva que verdeja o sertão

Deus plantou-se neste chão

Eis que a Virgem da Vitória

A Mãe da nossa história nos chama pra missão

Firmes na fé e na verdade

Em tudo a Caridade, em tudo a Comunhão

“A cidade se encheu de alegria.” (At 8,8)

 

JUBILEU, FESTA DO POVO / OITENTA ANOS, QUE ALEGRIA – Comemorando o jubileu de 80 anos de sua instalação, a Diocese de Oeiras eleva a Deus um canto novo, um louvor, por este Ano Jubilar. É festa, é grande a alegria do povo de Deus, mas a comemoração implica também em compromisso e responsabilidade.

 

SOB O OLHAR DO VELHO MOCHA / REALIZOU-SE A UTOPIA – Após a transferência da capital do Piauí para Teresina, em 1852, Oeiras entrou em decadência. Era pouco provável, em meados do século passado, que a cidade pudesse tornar-se sede de Bispado. Porém, a partir da semente lançada por Dom Severino, Bispo da então Diocese do Piauí, e germinada no coração do Cônego Cardoso, de algumas autoridades da época e de vários oeirenses obstinados, o velho Riacho Mocha testemunhou a realização do sonho que parecia utopia.

 

DIOCESE DE OEIRAS / NOSSA SENHORA ABENÇOOU – A Diocese foi criada pela bula “Ad Dominicis Gregis Bonum” (“Para o Bem do Rebanho do Senhor”), de 16 de dezembro de 1944, sob o pontificado de Pio XII, e instalada em 7 de outubro de 1945. Nasceu sob os auspícios de Nossa Senhora, com o título “da Vitória”. Seu 1º Bispo, Dom Expedito Lopes, cujo lema era “Restaurar todas as coisas em Cristo”, em oração à Virgem, suplicava: “Abençoai, ó Senhora da Vitória, nossa terra e todos os que nela vivem!” E assim se deu. Ouvindo a prece do Pastor, desde então rezada com ardor pelos fiéis, Nossa Senhora abençoou a Diocese, cobrindo-a com seu manto protetor.

 

E JESUS DE PASSO EM PASSO / NOS CAMPOS E CIDADES SAÍU PLANTANDO O AMOR – A devoção ao Bom Jesus dos Passos é uma das realidades mais fortes da história do povo oeirense. A procissão da sexta-feira de Passos reúne fiéis de toda a Diocese e até de outras paragens. A imagem do Bom Jesus percorre as ruas, passando pelos vários “passos” espalhados pela cidade, plantando o amor nos corações, desde a Catedral de Nossa Senhora da Vitória, chegando a todos os rincões da Diocese, a todos os cantos e recantos dos campos e cidades que a compõem. O próprio Jesus é, portanto, modelo de uma Igreja em saída.  

 

O PARÁCLITO DIVINO / OS CORAÇÕES AO ALTO EM CHAMAS ABRASOU – A Festa de Pentecostes é outro momento forte da religiosidade popular oeirense. No Hino do Divino o povo de Deus canta com fervor: “Abrasai em divinas chamas / os nossos corações e almas…” Corações que se elevam aos céus, o que nos remete ao lema do 4º Bispo da Diocese, Dom Fernando Panico: “Corações ao alto”.

 

FEITO CHUVA QUE VERDEJA O SERTÃO / DEUS PLANTOU-SE NESTE CHÃO – Dom Frei Edilberto Dinkelborg, 3º Bispo da Diocese, cujo lema era “Amou-os até o fim”, deixou uma frase lapidar, hoje inscrita no seu túmulo, na Catedral: “O mandacaru vive na dureza do sertão seco, desprezado, esquecido, mas quando, na rapidez de uma noite, abre a sua flor, vemos a grandeza de Deus”. Assim é a natureza, a nossa Casa Comum: mesmo na aridez inclemente do sertão, quando a mata é toda ela um cenário de desolação, de um cinzento chocante, de árvores secas, aparentemente mortas, basta um chuvisco para que as folhas comecem a aparecer e o verde comece a ressurgir, como que numa ressurreição da mata. Assim também Deus se faz presente no sertão, irrigando com seu amor os corações e gerando vida nova.

 

EIS QUE A VIRGEM DA VITÓRIA / A MÃE DA NOSSA HISTÓRIA – Nossa Senhora da Vitória é sem dúvida a mãe da história de Oeiras. Já nos primeiros dias, os homens que aqui chegavam para se fixar, se entregaram à sua proteção. O Bispo de Pernambuco, Dom Francisco de Lima, criou a Freguesia de Nossa Senhora da Vitória do Brejo da Mocha do Sertão do Piauí. Foi erigido um templo dedicado a ela (no primeiro momento, uma singela ermida), ao redor do qual “a cidade surgiu e cresceu”, como enfatiza José Expedito Rego no “Hino à Matriz”, composto em 1983, em comemoração aos 250 anos do templo definitivo, com música de Possidônio Queiroz, ele que, em 1940, fora nomeado, por Dom Severino, 1º Secretário da Comissão Central formada para viabilizar a criação da Diocese.

 

NOS CHAMA PRA MISSÃO – A Virgem da Vitória nos chama à missão, dizendo-nos: “Fazei tudo o que Jesus vos disser” (Jo 2,5), e nos convida a acompanhá-la, a assumirmos uma postura sinodal, caminhando juntos com ela e com os irmãos, no cumprimento da missão.

 

FIRMES NA FÉ E NA VERDADE / EM TUDO A CARIDADE – Para cumprirmos a missão é necessário permanecermos “firmes na fé” (lema do 5º Bispo, Dom Augusto Alves da Rocha e fiéis à Verdade, praticando” em tudo a caridade” lema de Dom Edilson Soares Nobre, 7º e atual Bispo).

 

EM TUDO A COMUNHÃOO Batismo nos faz membros da Igreja, e a Igreja é chamada a promover a comunhão entre os seus membros, pois sem comunhão é impossível evangelizar. Não se pode evangelizar sozinho. A propósito, cabe lembrar aqui a Missão institucional da Diocese de Oeiras: “EVANGELIZAR, a partir de Jesus Cristo, na força do Espírito Santo, como Igreja discípula, missionária, profética e misericordiosa, alimentada pela Palavra de Deus e pela Eucaristia, à luz da evangélica opção preferencial pelos pobres, para que todos tenham vida, rumo ao Reino definitivo”. A Diocese busca continuamente essa Comunhão, para tornar possível, com a participação de todos, o cumprimento da Missão”.  

 

UMA IGREJA SINODAL / É A NOVIDADE, É A RAIZ – O Papa Francisco propôs uma Igreja sinodal como projeto condizente com a essência da Igreja e com as necessidades do mundo contemporâneo, que exige respostas coerentes frente aos desafios desta mudança de época. É a nova face da Igreja de Cristo e, de certa forma, é um retorno às raízes, aos primórdios da Igreja. É a proposta, também, da nossa Diocese, conforme o tema do Jubileu: “Igreja Sinodal, Peregrina da Esperança”.

DA ESPERANÇA / EU VOS ENVIO, CRISTO NOS DIZ – Por mandato de Jesus, os Apóstolos saíam de cidade em cidade, de povoado em povoado, como Peregrinos de Esperança, pregando o Evangelho, criando comunidades, plantando o amor, ajudando preferencialmente os pobres e excluídos.

 

IDE, FAZEI DISCÍPULOS MEUS / TODOS OS POVOS – A mesma missão dada aos Apóstolos nos é delegada hoje, e a Igreja particular de Oeiras vem fazer ecoar nos nossos ouvidos as palavras de Cristo, evocadas como lema do Jubileu: “Ide e fazei discípulos meus todos os povos” (Mt 28,19).

 

 

VOS DOU A PAZ – A Paz que vem do Coração de Jesus, esta é a paz que a Diocese de Oeiras oferece à suas ovelhas. Não a paz do mundo, mas a Paz de Cristo. A Paz desejada por Leão XIV, cujas primeiras palavras como Papa foram: “A Paz esteja com todos vocês!”

 

PRA QUE TODOS TENHAM VIDA / EM TODAS AS PARÓQUIAS E ÁREAS PASTORAIS – “Para que todos tenham vida” (Jo 10,10), eis o lema do 6º Bispo de Oeiras, Dom Juarez Sousa da Silva. Para isso fomos batizados e enviados: para defender e promover o dom da vida, desde a sua concepção até a morte natural. Vida em abundância, em todo o mundo, e, de modo particular, na nossa Diocese, que, ao completar 80 anos, abrange 21 municípios, compreendendo 18 Paróquias e 3 Áreas Pastorais, como segue. Paróquias: N. S. da Vitória (Oeiras), Sagrada Família (Oeiras),  N. S. do Rosário (Oeiras), Santo Antônio (Colônia do Piauí), Santo Inácio de Loyola (Santo Inácio/Floresta), Santa Rosa de Lima (Santa Rosa/Cajazeiras), Santo Antônio (Várzea Grande), Senhora Sant’Ana (Arraial), São Sebastião (Tanque do Piauí), Imaculada Conceição (Francisco Ayres), Sagrado Coração de Jesus (Simplício Mendes), N. S. da Conceição (Conceição do Canindé), Sant’Ana e São Joaquim (Isaías Coelho),  São José (Bela Vista do Piauí), São Francisco de Assis (Campinas), São Francisco de Assis (São Francisco de Assis do Piauí), São José (Paes Landim) e N. S. do Perpétuo Socorro (Socorro do Piauí); Áreas Pastorais: São João Batista (São João da Varjota), N. S. do Carmo (Barra d’Alcântara) e São Miguel Arcanjo (São Miguel do Fidalgo).

 

 

A MÃE LEVA AO SALVADOR – Como Padroeira da Diocese de Oeiras, escolhida por sua fortaleza e pelo carinho maternal, Nossa Senhora da Vitória nos toma pela mão e nos conduz ao seu divino Filho, o Salvador da humanidade. Faz lembrar o lema do nosso 2º Bispo, Dom Raimundo de Castro e Silva, que diz: “A Jesus por Maria”.

 

É TUDO PARA O BEM DO REBANHO DO SENHOR – A campanha para a criação da Diocese, assim como sua consagração à Virgem da Vitória, contou com a aprovação maciça da população. Tudo “para o bem do rebanho do Senhor”, como destacava o tema do Jubileu de 75 anos, inspirado na supracitada Bula Papal. Por isso, a Igreja se alegra, e canta, e festeja, e rejubila, porque esta efeméride simboliza a vitória do Cristo ressuscitado na caminhada da Diocese, plantada nestes Sertões de Dentro, no semiárido piauiense, onde o rebanho vive, sobrevive e faz memória da “vida e resistência de um povo que espera”, lembrando aqui o tema do Jubileu de 300 anos da Paróquia Nossa Senhora da Vitória, em 1996. Um povo que espera, isto é, um povo que é Peregrino de Esperança, e que luta e faz acontecer.

Deus Pai de infinita bondade, a vós nos dirigimos e imploramos o vosso olhar sobre vossos filhos que fazem história nestas terras áridas do Piauí, na região do Vale do Canindé.

Por vosso amado Filho Jesus Cristo, há 80 anos, como Igreja Sinodal Peregrina de Esperança, aqui fizestes ecoar as palavras: “Ide, e fazei discípulos meus todos os povos”. Neste tempo favorável, fazemos memória e rezamos por todos os homens e mulheres, que ao longo destes anos, incansavelmente, entregaram-se e dedicaram-se ao anúncio do Evangelho, ao testemunho de Vossa Palavra e aos ensinamentos de Vossa Igreja.

Pelo impulso do vosso Divino Espírito Santo ajudai-nos a ser sempre uma Igreja viva e atuante, em estado permanente de missão, vigilante no cuidado com a ecologia integral, comprometida com a iniciação à vida cristã, com a animação bíblica, ardentes de zelo pela liturgia, pela espiritualidade, e sempre atentos ao testemunho da caridade, na busca contínua de políticas públicas que garantam o serviço à vida plena para todos.

Ó Senhora da Vitória, padroeira e advogada nossa, nós vos pedimos: protegei-nos sempre de todos os males. Sob o vosso olhar amoroso, instruí-nos a ser neste mundo um sinal do Reino de Deus, a ser Igreja peregrina e samaritana, que vislumbra aqui na terra o caminho da pátria definitiva! Amém!

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