Os tesouros da fé

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Depois de um bom tempo de militância na fé nossas referências, concepções, mentalidade, ideias, valores e princípios sofrem grandes transformações. Mas, isso não acontece de uma hora para outra, como num passe de mágica. Mudanças operadas pela fé, por causa de todas as nossas resistências muros e abismos, acontecem aos poucos e durante a vida. É no decurso deste tempo, onde atuam a misericórdia e a paciência de Deus, em favor de nossa conversão, que se formam os tesouros da fé, em nossa vida.

De fato, somos herdeiros do Reino de Deus cujas riquezas se formam dentro de cada um, do mesmo modo como se formam as pérolas dentro de uma ostra.

Conta-se que, as pérolas são feridas curadas; pérolas são produtos da dor, resultados da entrada de uma substância estranha ou indesejável no interior da ostra, como um parasita ou um grão de areia. A parte interna da concha de uma ostra é uma substância lustrosa chamada nácar. Quando um grão de areia a penetra, as células do nácar começam a trabalhar e cobrem o grão de areia com camadas e mais camadas, para proteger o corpo indefeso da ostra. Como resultado, uma linda pérola é formada. Uma ostra que não foi ferida, de algum modo, não produz pérolas, pois a pérola é uma ferida cicatrizada…

O mundo com sua tendência a supervalorizar a aparência, também, induz as pessoas a viverem uma vida de aparência onde o que vale é o que aparece e, não o que realmente uma pessoa ou uma coisa é. Nesse sentido, os esforços interiores de mudança não valem nada porque, o que importa é o mundo exterior com seus enfeites, brocados e adereços. Então, ao invés de uma vida interior plena que forma e define pessoas autênticas e vidas autênticas, o que vemos é o contrário: pessoas vazias, cheias de penduricalhos sem valor, pobres de espírito e sem autenticidade.

São Paulo, na carta ao Efésios nos mostra dá panorama da vida nova e o caminho para formar e usufruir das riquezas da vida de fé.

“Portanto, em nome do Senhor, digo e recomendo a vocês: não vivam como os pagãos, cuja mente é vazia. A inteligência deles se tornou cega, e eles vivem muito longe da vida de Deus, porque o endurecimento do coração deles é que os mantém na ignorância. Eles perderam a sensibilidade e se deixaram levar pela libertinagem, entregando-se com avidez a todo tipo de imoralidade. Não foi assim que vocês aprenderam a conhecer Cristo, se é que de fato vocês lhe deram ouvidos e se foram mesmo instruídos segundo a verdade que há em Jesus.

Vocês devem deixar de viver como viviam antes, como homem velho que se corrompe com paixões enganadoras. É preciso que vocês se renovem pela transformação espiritual da inteligência, e se revistam do homem novo, criado segundo Deus na justiça e na santidade que vem da verdade. Por isso, abandonem a mentira: cada um diga a verdade ao seu próximo, pois somos membros uns dos outros. Vocês estão com raiva? Não pequem; o sol não se ponha sobre o ressentimento de vocês. Não dêem ocasião ao diabo. Quem roubava, não roube mais; ao contrário, ocupe-se trabalhando com as próprias mãos em algo útil, e tenha assim o que repartir com os pobres. Que nenhuma palavra inconveniente saia da boca de vocês; ao contrário, se for necessário, digam boa palavra, que seja capaz de edificar e fazer o bem aos que ouvem. Não entristeçam o Espírito Santo, com que Deus marcou vocês para o dia da libertação. Afastem de vocês qualquer aspereza, desdém, raiva, gritaria, insulto, e todo tipo de maldade. Sejam bons e compreensivos uns com os outros, perdoando-se mutuamente, assim como Deus perdoou a vocês em Cristo” (Efésios 4,17-34).

Os tesouros da fé têm a ver com a grande luta de conversão que acontece dentro de cada um de nós e, isso custa a nossa vida porque, já custou a de Cristo.

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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