Comungar é tornar-se Eucaristia!

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O ponto alto da vida da Igreja Católica é a Eucaristia. Por que? Porque é o centro do Mistério da vida e missão do Cristo; é o centro do Mistério da vida e missão da Igreja.

A Imagem do Pão na vida e missão de Jesus, segundo João, capítulo 6.

Jesus se depara com um povo faminto: fome de Deus, de amor, de justiça… E a grande contradição é que a religião não consegue mais saciar a fome do povo: “Estava próxima a Páscoa, festa dos judeus” (Jo 6,4). A fome não espera! Jesus toma a iniciativa quando vê esta multidão faminta que vem ao seu encontro: sacia a fome do povo, realizando a multiplicação dos pães e dos peixes. Detalhe: os pães e os peixes para multiplicação chegam pelas mãos generosas de um jovem pobre, mas, sob o descrédito institucionalizado de um grupo, representado, aqui, por André e Filipe: “Aqui há um rapaz que tem cinco pães de cevada e dois peixes. Mas, o que é isso para tanta gente?” (Jo 6,9). A ação de Jesus é simples e rápida: organiza o povo, toma os pães e os peixes, agradece a Deus e distribui aos que estão sentados. Resultado: “todos comeram o quanto queriam” (…) “Eles recolheram os pedaços e encheram doze cestos com as sobras dos cinco pães que haviam comido” (Jo 6,11b.13). Sucesso da ação: Jesus sacia a fome do povo! De fato, Ele compreende e assume sua missão! “Mas Jesus percebeu que iam pegá-lo para fazê-lo rei. Então ele se retirou sozinho, de novo, para a montanha” (Jo 6,15).

É no dia seguinte à multiplicação, diante do mesmo povo que retorna ao lugar do pão que, Jesus revela a origem, sentido e significado de sua vida e missão.

Vamos ao texto de João 6,25-30.

Quando encontraram Jesus no outro lado do lago, perguntaram: “Rabi, quando chegaste aqui?”

Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: vocês estão me procurando, não porque viram os sinais, mas porque comeram os pães e ficaram satisfeitos. Não trabalhem pelo alimento que se estraga; trabalhem pelo alimento que dura para a vida eterna. É este alimento que o Filho do Homem dará a vocês, porque foi ele quem Deus Pai marcou com seu selo.”

Então eles perguntaram: “O que é que devemos fazer para realizar as obras de Deus?”

Jesus respondeu: “A obra de Deus é que vocês acreditem naquele que ele enviou.”

Eles perguntaram: “Que sinal realizas para que possamos ver e acreditar em ti? Qual é a tua obra? Nossos pais comeram o maná no deserto, como diz a Escritura: ‘Ele deu-lhes um pão que veio do céu’.”

Jesus respondeu: “Eu garanto a vocês: Moisés não deu para vocês o pão que veio do céu. É o meu Pai quem dá para vocês o verdadeiro pão que vem do céu, porque o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo.”

Então eles pediram: “Senhor, dá-nos sempre desse pão!”

Jesus disse: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome, e quem acredita em mim nunca mais terá sede. Eu já disse: vocês me viram e não acreditaram. Todos aqueles que o Pai me dá, virão a mim. E eu nunca rejeitarei aquele que vem a mim, pois eu desci do céu, não para fazer a minha própria vontade, e sim para fazer a vontade daquele que me enviou.

Estas palavras de Jesus se tornaram a fé da Igreja. Por isso, escreveu o Papa João Paulo II no documento Ecclesia de Eucharistia: “A Igreja vive da Eucaristia. Esta verdade não exprime apenas uma experiência diária de fé, mas contém em síntese o próprio núcleo do mistério da Igreja.” Por isso, sem a Eucaristia a Igreja não é o que ela significa: casa de comunhão. Comungando da Eucaristia a Igreja torna-se Eucaristia.

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Imagem: Google

 

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