Perdão não tem preço!

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Você, certamente, já teve alguma encrenca com alguém; algum desentendimento; alguma diferença; alguma palavra mais dura; alguma desavença; alguma briga; alguns empurrões; alguma dificuldade; algum mal-estar, algum bate-boca… Mas, quem nunca teve? Isso é humano. A vida tem dessas coisas!

Afinal de contas, o que devemos fazer?

É mal ignorar tais situações. É muito mal fazer de conta que elas existem. Muito pior, ainda, é não tratá-las como problema humano, que precisa atenção, direção, decisão e resposta.

É verdade, as vezes tratamos os nossos problemas de convivência de maneira tão irresponsável que criamos, dentro de nós mesmos, um depósito de coisas mal resolvidas. E, o que a gente não resolve, a vida devolve. O que nós abandonamos em nossos “porões”, se transforma em “fantasma” e nos incomoda; nos assombra a vida toda.

Até quando vamos ignorar, fazer de contas ou deixar pra lá nossos problemas?

Sabe aquele problema de herança que ficou enroscado no orgulho ou na ganância, no ódio ou na vingança? Virou fantasma! É uma verdadeira assombração! Resolva! A vida é muito curta para permanecer enroscada em dinheiro, terras, bens. “Com efeito, que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro, mas perder a sua vida? O que um homem pode dar em troca da sua vida?” (Mt 16,26).

Sabe aquela traição; aquela infidelidade conjugal? Virou fantasma! Resolva! Não estrague mais a vida matrimonial. Não mantenha vivo o pecado dentro de casa e do coração. Perdoe e receba o perdão.

É verdade que a pessoa que “agride” a outra com qualquer tipo de pecado esquece logo, talvez nem se dê conta da gravidade de sua ação, mas quem sofre a “agressão”, não esquece; porque a dor, a vergonha, o trauma, o medo… mantém aquilo vivo, enquanto não for, sabiamente, enfrentada.

Perdoe! Reconcilie-se com quem feriu você, com qualquer agressão de pecado.

O Perdão refrigera a alma, devolve a paz, reanima, reconstrói, traz esperança, fortalece o coração, inspira sonhos… o perdão liberta e salva!

Mas, não é somente o que as pessoas fazem conosco que pesa na balança da vida. O que nós mesmos fazemos pesa tanto quanto. Nossos pecados nos assombram, também. Quem sabe, até mais, como culpa. A culpa é um fantasma impiedoso! A culpa desqualifica e enfraquece qualquer pessoa: traz insegurança, esconde a palavra, fecha os horizontes, produz a depressão, tira o sono, “engessa” os braços e pernas…

Até quando você vai permitir que o seu interior, lugar de gestação de vida, fique conservando tantas frustrações e morte? Vai! Toma coragem! Retome os problemas: converse, aconselhe-se, confesse-se, tome de decisões, veja a vida com novas possibilidades. É possível viver feliz, apesar do nosso passado.

Perdoe-se! Reconcilie-se consigo mesmo. Dê a si mesmo uma nova chance!

Quem está livre de quedas? Quem nunca “pisou na bola” contra alguém? Quem nunca mentiu? Quem nunca traiu? Quem nunca cometeu infidelidade? Quem, afinal, nunca pecou? Quem…?

Coloque fé nessa palavra: “Rancor e cólera são coisas abomináveis, mas o pecador as conserva. Quem se vinga sofrerá a vingança do Senhor, que severamente lhe pedirá contas de seus pecados. Perdoe a injustiça que o seu próximo cometeu e, quando você pedir, Deus também perdoará os pecados que você tiver cometido. Se um homem guarda rancor contra outro, como poderá pedir que Deus o cure? Se não usa de misericórdia para com o seu semelhante, como se atreve a pedir perdão de seus próprios pecados? (Eclo 27,30-28,9).

Não existe nada pior do que a falta de perdão: seja para os outros, seja para você mesmo. Não perdoe, somente, “sete vezes”, mas, “até setenta vezes sete” (Mt 18,22). Porque vivemos do perdão ofertado pelo Cristo na Cruz. O perdão não tem preço porque já custou o sangue de Cristo.

 

POR: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

FOTO: Google

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