Pedras vivas e colunas na Igreja

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A ideia de que o Reino de Deus é uma construção nos coloca diante de uma das mais belas páginas Sagrada Escritura que, identifica pedras e colunas na Igreja: Cristo, a Pedra Angular; alguns cristãos, pedras vivas e, outros, colunas.

O primeiro que recebeu o nome de pedra foi Simão, o irmão de André. “André, irmão de Simão Pedro, era um dos dois que ouviram as palavras de João e seguiram a Jesus. Ele encontrou primeiro o seu próprio irmão Simão, e lhe disse: ‘Nós encontramos o Messias (que quer dizer Cristo).’ Então André apresentou Simão a Jesus. Jesus olhou bem para Simão e disse: ‘Você é Simão, o filho de João. Você vai se chamar Cefas (que quer dizer Pedra)’ (Jo 1,40-42).

Paulo foi reconhecido como coluna, pelos apóstolos, como consta de um dos seus mais inflamados testemunhos missionários: “…a mim fora confiada a evangelização dos não circuncidados, assim como a Pedro fora confiada a evangelização dos circuncidados. De fato, aquele que tinha agido em Pedro para o apostolado entre os circuncidados, também tinha agido em mim a favor dos pagãos. Por isso, Tiago, Pedro e João, considerados como colunas, reconheceram a graça que me fora concedida, estenderam a mão a mim e a Barnabé em sinal de comunhão: nós trabalharíamos com os pagãos, e eles com os circuncidados. Eles pediram apenas que nos lembrássemos dos pobres, e isso eu tenho procurado fazer com muito cuidado. (Gl 2,7-10).

Confirmado como Pedra da Igreja, por uma vida irrepreensível, Pedro escreverá, mais tarde: Aproximem-se do Senhor, a pedra viva rejeitada pelos homens, mas escolhida e preciosa aos olhos de Deus. Do mesmo modo, vocês também, como pedras vivas, vão entrando na construção do templo espiritual, e formando um sacerdócio santo, destinado a oferecer sacrifícios espirituais que Deus aceita por meio de Jesus Cristo. De fato, nas Escrituras se lê: ‘Eis que ponho em Sião uma pedra angular, escolhida e preciosa. Quem nela acreditar não ficará confundido.’ Isto é: para vocês que acreditam, ela será tesouro precioso; mas, para os que não acreditam, a pedra que os edificadores rejeitaram tornou-se a pedra angular, uma pedra de tropeço e uma rocha que faz cair. Eles tropeçam porque não acreditam na Palavra, pois foram para isso destinados. Vocês, porém, são raça eleita, sacerdócio régio, nação santa, povo adquirido por Deus, para proclamar as obras maravilhosas daquele que chamou vocês das trevas para a sua luz maravilhosa. Vocês que antes não eram povo, agora são povo de Deus; vocês que não tinham alcançado misericórdia, mas agora alcançaram misericórdia” (1Pd 2,4-10).

Paulo, madurecido pela missão dirá, também, numa de suas exortações à comunidade de Corinto: Nós trabalhamos juntos na obra de Deus, mas o campo e a construção de Deus são vocês. Eu, como bom arquiteto, lancei os alicerces conforme o dom que Deus me concedeu; outro constrói por cima do alicerce. Mas cada um veja como constrói! Ninguém pode colocar um alicerce diferente daquele que já foi posto: Jesus Cristo. Se alguém constrói sobre o alicerce com ouro, prata, pedras preciosas, madeira, capim ou palha, a obra de cada um ficará em evidência. No dia do julgamento, a obra ficará conhecida, pois o julgamento vai ser através do fogo, e o fogo provará o que vale a obra de cada um. Se a obra construída sobre o alicerce resistir, o operário receberá uma recompensa. Aquele, porém, que tiver sua obra queimada, perderá a recompensa. Entretanto, o operário se salvará, mas como alguém que escapa de incêndio. Vocês não sabem que são templo de Deus e que o Espírito de Deus habita em vocês? Se alguém destrói o templo de Deus, Deus o destruirá. Pois o templo de Deus é santo, e esse templo são vocês” (1Cor 3,9-17).

O ideal de Reino, sonhado por Jesus, é um edifício vivo. Esta construção só será possível, de fato, com cada um fazendo parte, num sacrifício diário e permanente.

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

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