“Pau pra toda obra”

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Algumas pessoas, como diz o ditado, são “pau pra toda obra”: são arrojadas, têm iniciativas, colaboram, são prestativas, têm disposição, são dinâmicas, têm coragem, são zelosas, amáveis, sensíveis etc, etc, etc e tal.  Giram a mil por hora e, ainda, “faz uns bicos”.

Pessoas “pau pra toda obra” são poucas mas, a maioria delas são mulheres.

Justiça seja feita: ah, se não fossem as mulheres! O que seria dos homens, dos negócios, das casas, dos sonhos, dos insights, do amor, da intuição, da Igreja e, por que não, do mundo?

Mulher é “pau pra toda obra”. Em casa: lava, cozinha, passa, limpa, costura, faxina, cuida dos filhos e do marido, administra, compra, é despertador, é memória, etc. Fora de Casa: trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha, trabalha. E, ainda, deve dispor de tempo para ser pai, professora, psicóloga, médica, eletricista, mecânica… e amiga.

Mulher! Com quantos nomes deveríamos chamá-la? Com que adjetivos poderíamos qualifica-la? Com que diademas poderíamos coroá-la? Com que adornos deveríamos enfeita-la?

Dia 27 de abril é o dia da empregada doméstica!

O nome de empregada doméstica, parece impor um estigma. A questão é que, tal designativo traz o peso da condição escravocrata, na qual estiveram subjugadas muitas mulheres negras, na casa de seus senhores e senhoras; na casa grande.

A condição das mulheres que trabalham em casa de família é, por vezes, muito ambígua: algumas tratadas como filhas e, outras, como verdadeiras escravas. Secretária do Lar é, quem sabe, uma atenuante para minimizar o peso histórico de tal condição de trabalho.

É uma pena que o machismo, por sua insanidade grotesca e o capitalismo, por sua voracidade lucrativa tenham transformado o melhor da mulher em objeto de consumo e produção. No bojo desta bestialidade se plasmou uma cultura da inferioridade latente onde a mulher se resigna, mantendo a lógica da sujeição nos seus diversos níveis de cabresto ou se rebela e cria um “machismo às avessas”, na forma de feminismo, tão odioso e irracional. O bom mesmo é a postura libertária da mulher que não se resigna e nem se rebela, mas se reafirma, se reconhece, se engaja e luta pelo seu lugar, pelo seu direito, pelo seu espaço e pelo seu ser mulher: nem mais e nem menos que o homem.

O fato é que, independente da origem, da posição social, da formação… o trabalho da mulher é uma benção. E, como empregada doméstica é uma benção, especialmente voltada para a família.

A mulher é “pau pra toda obra” sim, mas, tem que ser respeitada, valorizada e, no caso específico do trabalho, remunerada com decência!

Sem o trabalho exaustivo de mulheres jovens ou adultas, solteiras ou casadas… a vida de muitos estaria mais conturbada, inclusive a minha, porque preciso dos préstimos, dos talentos, da energia, da intuição, da criatividade, da rapidez, da eficiência, da delicadeza, da bondade, da dedicação, do testemunho de fé de umas centenas de milhares delas, como coparticipantes da minha vida, vocação e missão.

ORAÇÃO: Nós vos louvamos, Senhor, e vos bendizemos porque destes ao homem e à mulher a inteligência e a força do trabalho, a criatividade e a vontade de realizar coisas sempre novas.  Que o trabalho realizado pelas trabalhadoras do lar seja sempre reconhecido, valorizado e bem remunerado, uma vez que é de grande valor para as famílias.  Que este trabalho, tão necessário, aperfeiçoe a vida humana e torne mais fraternos os seus relacionamentos.  Que todos na casa, empregada e patrões, saibam se respeitar sempre, em espírito de colaboração, sem nunca distorcer ou destruir os vossos planos, ó Deus dos povos todos do universo. Assim Seja!

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto: Google

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