Palavra de Deus para os propósitos de Deus

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As pessoas, de um modo geral, tem um grande respeito pela Palavra de Deus como coisa santa e sagrada mas, tem um apreço, ainda maior, como fonte de mensagens porque, da Bíblia extraem um vasto repertório de citações, como ilustração de textos, discursos, homenagens, condolências, motivação emocional, terapia etc.

De fato, a Bíblia é uma fonte inesgotável de sabedoria com vasto cabedal de informações, ensinamentos, motivações e exortações. Mas, para que serve mesmo, a Bíblia? Qual o bom emprego de sua palavra?

Antes de mais nada, precisamos considerar alguns conceitos básicos de palavras que usamos sobre esse assunto e que, por vezes, parecem dizer a mesma coisa.

Quando falamos Bíblia, esse termo significa, imediatamente, Livro. Aliás um conjunto de livros; uma verdadeira biblioteca. São 73 livros num só livro. Trata-se da Memória da Ação e Presença de Deus junto ao seu povo.

Quando falamos Sagrada Escritura, esse termo quer significar toda a verdade revelada por Deus, na história, como Aliança de amor, pacto de vida e contrato de salvação. Trata-se da das afirmações fundamentais da vontade de Deus para a Salvação do seu povo.

Quando falamos Palavra de Deus, esse termo quer dizer, imediatamente, duas coisas: a pessoa e a palavra do próprio Deus; concretamente falando, Jesus Cristo, que é a Palavra de Deus. Trata-se, portanto, não, simplesmente, da doutrina divina para o seu povo, mas da proximidade de Deus; da sua relação dialogal, da revelação dos seus sentimentos e vontade, da permanente proposição do amor, da oferta da salvação…

Os três termos, na verdade, acabam ficando como sinônimos. E, é claro que não há nada de mal nisso. São sinônimos mesmo!

Mas, voltando a questão do uso prático da Palavra de Deus, penso que estamos muito distantes; poderíamos melhorar a maneira de nos reportarmos a ela porque, engendra um Projeto de Salvação que, pressupõe adesão pessoal, conversão, anúncio e transformação social: É o projeto de Reino. Nesse sentido, ultrapassa os nossos hábitos, usos e costumes e pede de nós uma nova práxis, relacionada ao sonho de Deus para esse mundo.

Por força da Palavra de Deus, entramos na Sabedoria de Deus para viver e agir bem porque, “O princípio da sabedoria é temer ao Senhor, e os fiéis a recebem já no seio materno. Ela se firma entre os homens com alicerce perene, e permanece junto com os descendentes deles” (Eclo 1,12-13).

A sabedoria não dá saberes; o que seria muito pouco. A sabedoria permite um novo horizonte de fé com novas consequências para a vida, haja vista que, “Toda Escritura é inspirada por Deus e é útil para ensinar, para refutar, para corrigir, para educar na justiça, a fim de que o homem de Deus seja perfeito, preparado para toda boa obra” (2Tm 3,16-17).

Deus franqueou-nos acesso livre ao seu Projeto e, com isso nos garantiu vida plena em seu amor. “Mas, afinal, o que diz a Escritura? ‘A palavra está perto de você, em sua boca e em seu coração.’ Isto é: a palavra da fé que nós pregamos. Pois se você confessa com a sua boca que Jesus é o Senhor, e acredita com seu coração que Deus o ressuscitou dos mortos, você será salvo” (Rm 10,8-9).

O escritor do Apocalipse, numa visão sobre Jesus, assim se expressa: “Vi, então, o céu aberto: apareceu um cavalo branco, e o seu cavaleiro se chama Fiel e Verdadeiro. Ele julga e combate com justiça. Seus olhos são chama de fogo. Sobre sua cabeça há muitos diademas. E ele traz escrito um nome que ninguém conhece, a não ser ele mesmo. Está vestido de um manto embebido em sangue, e é chamado pelo nome de Palavra de Deus” (Ap 19,11-13).

O desafio de pôr a Palavra de Deus em prática é, na verdade, na boca de Jesus, critério de pertença à sua família e ao número dos seus discípulos: “Minha mãe e meus irmãos são aqueles que ouvem a Palavra de Deus, e a põem em prática” (Lc 8,21).

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

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