Obedecer faz bem e conserva a vida!

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Segundo o dicionário Aurélio da língua portuguesa, obediência significa: submeter-se à vontade de, cumprir ordem de, estar sujeito, submissão, sujeição. O verbo hebraico traduzido como “obedecer” é o verbo SHÈMA que literalmente quer dizer dar ouvidos à: “Ouça, Israel! Javé nosso Deus é o único Javé. Portanto, ame a Javé seu Deus com todo o seu coração, com toda a sua alma e com toda a sua força” (Dt 6,4-5).

Ora, a obediência, por sua etimologia, pressupõe ouvidos atentos e atos de profunda humildade. Nesse sentido, descobrir e praticar a obediência é, sem sombra de dúvidas, o melhor caminho para ser feliz e conservar a vida!

Obedecer significa tudo na vida de uma pessoa!

Abrindo a Sagrada Escritura, em suas primeiras páginas, destacamos a situação conflitiva de Adão e Eva, quanto à obediência ou não a Deus. Na tensão entre o sim e o não, acabam cedendo à pressão da serpente que os convence à insubmissão a Deus, como garantia de liberdade e autonomia pessoal.

A questão é complexa e não pode ser entendida, apenas, pela simples polarização entre o direito divino e o dever humano. A questão da obediência-desobediência vai um pouco mais longe porque, levantando o problema do pecado, mais do que intenções meramente morais, toca os elementos essenciais de nossa existência: ser e não ser.

O homem é chamado à obediência, isto é, à escuta; escuta de Deus, dos outros e do mundo. Se não obedecer; se não escutar; se não estiver aberto, desde o seu interior, numa atitude de aceitação, não será capaz de se firmar no mundo. Obedecer é submeter-se! Porém, como nossa ideia de submissão é negativa, somos avessos a qualquer submissão. De fato, a ideia de obediência que carregamos é tremendamente negativa porque passa por uma sujeição escravocrata.

A convocação Bíblica à obediência se traduz em verdadeira atitude de fé, amor, esperança, confiança, fidelidade e humildade:

Adesão à Promessa de Deus: “Pela fé, Abraão, chamado por Deus, obedeceu e partiu para um lugar que deveria receber como herança. E partiu sem saber para onde” (Hb 11,8); “Se você obedecer aos mandamentos de Javé seu Deus (…) Você viverá e se multiplicará. Javé seu Deus o abençoará” (Dt 30,16).

Reconhecimento da própria desobediência em vista da mudança de vida: “E o meu povo não escutou a minha voz, Israel não quis me obedecer” (Sl 81,12); “Feliz o homem que me obedece, vigiando todos os dias em minha porta, esperando na entrada de minha casa” (Pr 8,34); “Quem obedece às ordens, não incorre em pena alguma. A mente do sábio conhece o tempo e o julgamento” (Ecl 8,5).

Aceitação de uma nova vida possível pela graça de Deus: “Assim como, pela desobediência de um só homem, todos se tornaram pecadores, do mesmo modo, pela obediência de um só, todos se tornarão justos” (Rm 5,19); “Todavia, quem me obedece, viverá tranquilo. Estará seguro, e não temerá nenhum mal” (Pr 1,33).

Consciência da revolução operada por Jesus: “Embora sendo filho de Deus, aprendeu a ser obediente através de seus sofrimentos” (Hb 5,8); “Jesus desceu então com seus pais para Nazaré, e permaneceu obediente a eles. E sua mãe conservava no coração todas essas coisas” (Lc 2,51).

Revisão da vida e da missão: “Então Pedro e os outros apóstolos responderam: “é preciso obedecer antes a Deus do que aos homens” (At 5,29); “Tudo o que vocês fizerem façam de coração, como quem obedece ao Senhor, e não aos homens” (Cl 3,23).

Nossa relação com a obediência não pode ficar circunscrita à esfera espiritual, mesmo esteja aí a fonte e força. Calcada sobre aquilo que há de mais profundo em nós, a obediência deve nos mover para o que somos, cremos, amamos, sonhamos, esperamos e almejamos. Daí porque, pela obediência, vencemos distância e resistência aos pais, às autoridades, à Igreja e a Deus.

Quem obedece nunca erra e não merece castigo!

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Foto; Google

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