Educar para a Paz!

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Não é nada fácil educar. Principalmente diante de um mundo marcado por sinais de violência por todos os lados. Muitos pais e educadores têm procurado saídas viáveis para conduzir filhos e estudantes por um caminho de paz.

Nesta busca é preciso orientá-los sobre os estragos provocados pela violência, incentiva-los a participar de atividades artísticas e esportivas e afastá-los um pouco mais da televisão, do vídeo game, do computador e do celular por que são “espaços” aparentemente inofensivos mas, são altamente danosos.

Quando se consegue seguir, pelo menos em parte, essa linha educacional as crianças aprendem a lidar melhor com sua própria agressividade e, por conseguinte, têm menos chances de enveredar para o lado da violência.

É preciso diferenciar o comportamento agressivo do violento.

A agressividade é uma força natural presente em todos os animais e pessoas ativada como instinto de defesa e autopreservação.

O comportamento violento é observado quando a agressividade da criança é multo exacerbada e se manifesta como explosão. É transbordamento de sentimentos e emoções que nunca tiveram passagem de modo sadio: foram contidos ou recalcados.

A questão é bastante complexa porque há toda uma cultura alimentada pela mídia e até mesmo pelos próprios pais que estimula a violência. Como as crianças têm recebido quase tudo pronto, estão tendo dificuldade para lidar com a própria impulsividade que, não raro, se converte em violência desnecessária.

Onde não existe criatividade lúdica falta saúde e equilíbrio.

Passando tanto tempo diante da televisão, do vídeo game, do computador e do celular, as crianças acabam não tendo oportunidade de descarregar sua agressividade correndo atrás de uma bola, subindo numa árvore ou até mesmo “saindo nos tapas” com irmãos ou amigos. “Há um acúmulo de agressividade, que não tem como ser escoado”.

Quando a criança “gasta” sua agressividade só em nível virtual, enfrenta o grave problema de não aprender a resolvê-la do ponto de vista corporal. Isso leva a ter dificuldade para lidar com os limites de seu corpo e de quem a cerca.

Outro problema que também contribui para fomentar a violência entre as crianças é a propagação das crises políticas, econômicas, sociais e até de valores, tanto no Brasil quanto no mundo. Problemas como as guerras, a fome e o desrespeito de um país em relação ao outro acabam alimentando um círculo nocivo em que jovens não respeitam idosos, vizinhos não se respeitam e a violência passa a ser encarada como uma coisa natural.

Um último fator que desencadeia a violência é a dificuldade que muitas crianças têm de lidar com as frustrações impostas pelo mundo.

Os pais devem ficar atentos para formar relações de paz na infância e na adolescência, para que os filhos possam seguir, sem muitos atropelos, na fase adulta. O primeiro cuidado é não oferecer coroa e cetro para o “reinado” dos filhos. Eles precisam saber, desde cedo, que são pessoas comuns, que têm direitos e deveres.

Um clima de autoconfiança é fundamental em casa e na escola, para que as crianças cresçam saudáveis e sem muitas neuroses. Deve-se, ainda, afastá-los da ideia de assistir a programas de TV sensacionalistas, da linha “espreme sai sangue”. Outra providência saudável é estimulá-los a estreitar o contato com a natureza. É desaconselhável jogos eletrônicos violentos ou que estimulam a vitória a qualquer custo. É preciso, ainda, evitar o excessivo valor que se dá às tragédias e o desprezo às boas notícias.

 

 

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

Imagem: Google

 

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