A vida de oração nos torna imbatíveis

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Já nos encontramos envolvidos pelo Advento: tempo de espera ativa corroborado pela vivência dos meios que favorecem a esperança, a confiança, a mudança e conversão. Para alcançarmos esses propósitos do Advento, comecemos pelas afirmações da oração e da vida de oração.

Todo o Povo de Deus deve se voltar à oração como meio e, não, como fim.

Nós, os padres somos chamados à oração cotidiana, por si, e pelo povo! O livro de oração dos padres é a liturgia das horas. Através dele nós mantemos a comunhão de fé e vida. Nele celebramos a Palavra de Deus e da Igreja. Consagrando as horas do dia. Num desses dias, celebrando o ofício da manhã, encontrei um belo texto das homilias sobre Mateus, de São João Crisóstomo, bispo, século IV, que gostaria de compartilhar com você.

Se somos ovelhas, vencemos; se formos lobos, somos vencidos!

“Enquanto somos ovelhas, vencemos e ficamos por cima, seja qual for o número dos lobos que nos rodeiam. Se, ao contrário, formos lobos, seremos vencidos; não teremos a ajuda do pastor. Pois este apascenta ovelhas, não lobos; abandonar-te-á e te deixará, porque não lhe dás ocasião de mostrar seu poder.

O que o Senhor quer dizer é isto: Não fiqueis perturbados quando, ao vos enviar para o meio dos lobos, eu vos ordeno ser como ovelhas e pombas. Eu vos poderia proporcionar o contrário: enviar-vos sem mal algum em vista, sem vos sujeitar ao lobo qual ovelha, porém, tornar-vos mais terríveis do que leões. Convém que seja assim. Isto vos fará mais refulgentes e proclamará meu poder. Dizia o mesmo a Paulo: ‘Basta-te minha graça, pois a força se realiza na fraqueza’ (2Cor 12,9). Fui eu mesmo que estabeleci isto para vós. Ao dizer, pois: ‘Eu vos envio como ovelhas’ (Lc 10,3), subentende: Não desanimeis por este motivo; eu sei, certamente, eu sei que assim sereis invencíveis.

Em seguida, para que não viessem a pensar que poderiam conseguir algo por si mesmos, sem demonstrar que tudo vem da graça, e, assim, não julgassem ser coroados sem méritos, diz: ‘Sede prudentes como serpentes e simples como pombas’ (Mt 10,16). Que vantagem terá nossa prudência entre tantos perigos? dizem eles. Como poderemos ter prudência, sacudidos por tantas ondas? Por maior que seja a prudência que uma ovelha possua, no meio de lobos, e de tão grande número de lobos, que poderá fazer? Seja qual for a simplicidade de uma pomba, que lhe adiantará, diante de tantos gaviões ameaçadores? Para aqueles que não entendem, nada certamente. Para vós, porém, será de muito proveito.

Mas vejamos a prudência que aqui se exige: a da serpente. Esta expõe tudo, até mesmo se lhe cortam o corpo, não se defende, contanto que proteja a cabeça. Assim também tu, diz ele, à exceção da fé, entrega tudo: dinheiro, corpo, até mesmo a vida. A fé é a cabeça e a raiz; salva esta, tudo o mais que perderes, recuperarás depois ao dobro.

Por isso, não ordenou ser só simples, nem só prudente; mas uniu as duas coisas, a fim de serem verdadeiramente uma força. Ordenou a prudência da serpente para não receberes golpes mortais; e a simplicidade da pomba, para não te vingares dos que te fazem o mal nem afastares por vingança os perseguidores. Sem ela, de nada vale a prudência.

E não pense alguém ser impossível cumprir este preceito. Mais do que todos, conhece ele a natureza das coisas; sabe que a ferocidade não se aplaca com a ferocidade, mas com a brandura”.

Vou continuar rezando todas as manhãs para que, na oração ou na partilha a gente esteja sempre em comunhão, em vista do nosso crescimento humano e cristão.

Por: Pe. Edivaldo Pereira dos Santos

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